Declaração de ministro da Educação revelando que homossexualidade está ligada a familias desajustadas causa revolta na imprensa esquerdista

Julio Severo

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, chocou a imprensa esquerdista ao revelar o que é tabu entre eles: a homossexualidade de jovens está ligada a famílias desajustadas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele fez declarações conservadoras defendendo valores e princípios que muito desagradaram jornalistas esquerdistas.

Presidente Jair Bolsonaro e Rev. Milton Ribeiro, ministro da Educação

Na edição de 24 de setembro de 2020 do jornal O Estado de S.Paulo intitulada “Ministro da educação diz que caminho do homossexualismo se dá por famílias desajustadas,” Ribeiro, que é advogado, teólogo e pastor da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos, SP, falou sobre questões éticas. Mesmo como ministro, ele continua conduzindo cultos em Santos a cada 15 dias.

Quando a jornalista perguntou “Mas a educação sexual não deve ser tratada dentro da aula, inclusive para proteger a criança de abusos sexuais?” a resposta do ministro foi:

“Nesse particular, sim. Existem temas que podem ser tocados para evitar que uma criança seja molestada. Mas não o outro lado que é uma erotização das crianças.”

A pergunta da jornalista foi maliciosa, pois de forma geral a educação sexual não protege as crianças de abuso, mas protege os interesses de organizações nacionais e internacionais engajadas na erotização das crianças. Em vez de fazer uma pergunta como “O que o Ministério da Educação pretende fazer para proteger as crianças da erotização promovida por organizações nacionais e internacionais?” a jornalista preferiu simplesmente fazer de conta que esse abuso nacional e internacional não existe.

Milton Ribeiro acrescentou na sua resposta:

“Dizem que é para proteger gravidez indesejada, mas a verdade é que falar para adolescentes que estão com os hormônios num top sobre isso é a mesma coisa que um incentivo. É importante falar sobre como prevenir uma gravidez, mas não incentivar discussões de gênero. Quando o menino tiver 17, 18 anos, ele vai ter condição de optar. E não é normal. A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo.”

Ele acertou quando mencionou um incentivo de erotização. Esse incentivo acontece durante décadas. Graças à educação sexual erotizadora, as crianças e adolescentes hoje sabem muito mais de sexo do que os adultos. Esse excesso de exposição à educação sexual erotizadora tem provocado intensa atividade sexual precoce entre estudantes e gravidezes precoces.

Embora o correto seja falar em prevenir atividade sexual precoce, não a gravidez, que é mero resultado natural da atividade, o ministro focou na prevenção da gravidez, como se gravidez fosse doença. A verdade é que essa visão de gravidez como mal a ser evitado é a exata visão dos grupos nacionais e internacionais dedicados à erotização de crianças e adolescentes atraves da educação sexual escolar.

No entanto, Milton Ribeiro acertou quando disse que a questão de gênero não é normal, mas apenas uma opção.

Maliciosamente, então a jornalista perguntou: “A escola é um ambiente com prática de bullying, o que leva, por exemplo, a depressão e outros casos mais graves. Não é importante fazer essa discussão dentro da escola?”

O termo “bullying” é muitas vezes mero cavalo-de-Troia da esquerda para introduzir agendas ideológicas polêmicas quebrando resistências conservadoras.

O ministro respondeu:

“Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios.”

Alguns apontam que se desajuste familiar causa homossexualidade, todas as famílias com desajuste teriam problemas homossexuais. Contudo, a homossexualidade não é a única consequência do desajuste familiar. Há varias consequências, e a homossexualidade é apenas uma delas.

Entre as várias consequências do desajuste familiar estão: uso de alcóol e drogas, fornicação (sexo fora do casamento), envolvimento com criminalidade, depressão, suicídio, homossexualidade, envolvimento com ocultismo, etc.

Vários jornais esquerdistas repercutiram negativamente o comentário do ministro sobre a homossexualidade no Estadão. O jornal da Globo entrevistou vários ativistas homossexuais dando-lhes espaço livre para desabafar seus ódios contra o ministro.

A jornalista do Estadão então perguntou ao ministro: “Esse posicionamento do sr. não é um choque com o seu compromisso de posse de respeitar a laicidade do Estado na sua gestão?”

O ministro respondeu:

“Não. Tem muita gente que não é evangélico que também não aceita isso. É uma pauta da sociedade mais conservadora. Se eu estabelecesse, por exemplo, uma regra ‘não vai dar uma aula se o cara é homossexual’… Temos Estados aí que têm professores transgêneros, isso não tem nada a ver comigo. Não terei influência. ”

Maliciosamente, a jornalista cutucou: “O senhor é contra um professor transgênero na sala de aula?”

O ministro respondeu:

“Se ele não fizer uma propaganda aberta com relação a isso e incentivar meninos e meninas para andarem por esse caminho… Tenho certas reservas.”

Homossexuais como professores sem fazer propaganda de sua escolha anti-natural é um desejo quase impossível. Seja como for, homossexuais como professores são um péssimo exemplo moral. Seria quase impossível o ministro impedir tal propaganda em sala de aula. Aliás, Marina Reidel, que preside a Diretoria de Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no governo Bolsonaro, disse numa entrevista sobre sua experiência de homem se identificando como mulher em sala de aula. A opinião que ele deu sugere que oposição à sua exposição homossexual na escola diante de crianças seria discriminação.

São grandes desafios para o ministro, que enfrenta não só a oposição de um exército de jornalistas esquerdistas que odeiam os evangélicos e seus valores, mas oposição dentro do próprio governo Bolsonaro, que abriga ativistas gays como o Marina.

Maliciosamente, a jornalista perguntou: “O sr. pretende fazer mudanças no material didático? É preciso fazer alguma revisão na forma como fatos históricos são retratados, como período da ditadura militar?”

O ministro respondeu:

“É uma grande injustiça julgar uma pessoa fora do seu tempo. Em 64, sabemos hoje, o resultado de toda aquela guerra era para transformar países como Venezuela, Cuba e a própria Rússia, que depois se desmembrou. A história mostrou que eles estavam equivocados. O fato do movimento militar, na época, ter impedido que o Brasil se tornasse uma Cuba eu acho perfeito. Julgar pessoas fora do tempo, derrubar estátuas, isso é uma agressão. Uma coisa é eventualmente não concordar com o que era feito, com palmatória. Hoje ninguém faria isso, mas falar que está tudo errado no passado? Peraí, devagar.”

Os militares não eram perfeitos. Em comparação com os EUA, que são uma democracia, o Brasil militar era uma ditadura. Mas em comparação com Cuba e União Soviética, o Brasil era uma democracia. Não dá pois para negar que os militares prestaram um serviço imenso ao salvar o Brasil de virar uma Cuba.

O Pr. Milton Ribeiro foi escolhido pelo Presidente Jair Bolsonaro depois dos fracassos da indicações feitas por Olavo de Carvalho, considerado o Rasputin de Bolsonaro. Na primeira indicação, Carvalho escolheu Ricardo Vélez como ministro da Educação, embora Vélez tenha um histórico de apoio à esquerdista Hillary Clinton e oposição a Donald Trump. Quando sua indicação fracassou totalmente, Carvalho disse, como desculpa, que fazia 20 anos que ele não se comunicava com Vélez.

Quanto a Bolsonaro, ele disse que seguiu cegamente a indicação de Carvalho, resultando num desastre, seguido por outro fracasso, que posteriormente foi remediado com a indicação de um pastor presbiteriano.

Com informações do Estadão.

Fonte: www.juliosevero.com

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Novo ministro da Educação demite assessores ligados a Olavo de Carvalho no Ministério da Educação

Julio Severo

O novo ministro da Educação, um pastor presbiteriano que revoltou todas as esquerdas ao defender o uso da varinha para disciplinar crianças, causou também revolta na direita esotérica ao demitir do Ministério da Educação assessores ligados ao astrólogo Olavo de Carvalho.

Milton Ribeiro

Em 27 de julho de 2020, o ministro da Educação Milton Ribeiro demitiu quatro dos cinco assessores especiais do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. Assim como o ex-ministro, os assessores demitidos também são adeptos de Carvalho.

Não se sabe se Ribeiro demitirá os outros adeptos de Carvalho que restam no MEC (Ministério da Educação).

O Presidente Jair Bolsonaro achou necessário nomear o Pr. Ribeiro porque o MEC tem sido palco de muitas confusões que retardam o avanço da educação no Brasil.

Logo no início de seu governo, Bolsonaro nomeou Ricardo Vélez, por indicação direta de Carvalho. Bolsonaro fez isso na confiança total de que Carvalho entende do assunto.

São inúmeros os posts e comentários de Carvalho se gabando que ele sozinho sabe mais que todos os generais, filósofos, universidades e professores juntos, que só ele tem o conhecimento necessário que ninguém mais tem, etc.

Crendo nas palavras de Carvalho, Bolsonaro deu totalmente nas mãos dele o privilégio de escolher o rumo da educação brasileira indicando a pessoa mais preparada para ser ministro da Educação.

Carvalho escolheu Ricardo Vélez. Tão logo saiu o nome selecionado, fiz minha pesquisa nos artigos públicos escritos por Vélez e descobri sem dificuldade que em vários artigos ele apoiou Hillary Clinton, que é pró-aborto e pró-homossexualismo, e atacou Donald Trump.

Entre Trump e Hillary, é óbvio que Trump é melhor. Não sei então por que Vélez achou Hillary melhor. Não sei também por que Carvalho, que se gaba de ter um cerébro maior do que todos os cérebros brasileiros, não identificou tais problemas óbvios. E muito menos entendo por que Bolsonaro nomeou cegamente Vélez.

Carvalho tem a capacidade de persuasão, muito provavelmente adquirida com seus anos como líder de seita ocultista, de incutir na cabeça das pessoas que ele tem a solução para os problemas educacionais do Brasil. Mas quando ele recebeu, da boca do próprio presidente do Brasil, uma chance de ouro para escolher o ministro da Educação, ele errou colossalmente e depois, sem o menor senso de remorso, declarou:

“No primeiro caso, acertei na mosca; no segundo, fiz uma cagada monumental, porque, tendo perdido fazia quase vinte anos todo contato com a pessoa indicada, eu não podia avaliar o estado presente dos seus neurônios.”

Em vez de assumir a culpa total pelo erro, Carvalho culpa os “neurônios” de Vélez, quando dá para ver que o real culpado é o caráter de Carvalho, que se gaba de conhecer hoje muitas pessoas capacitadas. Por que então ele escolheu alguém que ele conheceu décadas atrás e com quem não tinha contato há 20 anos? Não foi, nem de longe, uma atitude inteligente.

Ele critica os generais como incompetentes. E ele critica muitos outros como incompentes, arrogando para si, e arrotando para si e seus adeptos, que ele possui um conhecimento supremo que eles não têm. Então, entre os seguidores competentes que ele alega ter, ele não encontrou nenhum à altura do Ministério da Educação? O único nome que ele conseguiu achar em sua suposta extensa lista de amigos e seguidores competentes foi de um adepto que ele conheceu mais de duas décadas atrás sem nenhum conhecimento atual dele?

Há muito mais neurônios problemáticos no acusador do que no acusado.

Ele disse que acertou no primeiro caso — Ernesto Araújo, Ministério das Relações Exteriores — e errou no segundo — Ricardo Vélez, Ministério da Educação.

Mesmo no primeiro caso, ele errou. Araújo é um admirador confesso de Julius Evola, um filósofo que escreveu vários livros contra o marxismo. Evola, que é autor também de livros direitistas e ocultistas, foi guru do ditador fascista italiano Benito Mussolini.

Araújo chegou a contratar no Ministério das Relações Exteriores um especialista em Evola.

Como é que um fã de um fascista esotérico pode ser um acerto na mosca? Do ponto de vista ocultista de Carvalho, pode ser um acerto, pois existe um alinhamento espiritual entre ele e Evola, pois ambos receberam influência da Escola Tradicionalista e do ocultista islâmico René Guénon.

Por não ter Jesus Cristo como seu Salvador, Bolsonaro desconhece a tremenda guerra espiritual que envolve o ocultismo de Carvalho, mas mesmo assim ele pôde sentir os efeitos dessa guerra: Os olavistas trouxeram muitas confusões ao governo Bolsonaro, desde Roberto Alvim até Dante Mantovani.

Embora os pastores presbiterianos não costumem ter visão e discernimento para guerra espiritual, o Pr. Milton Ribeiro tomou a atitude certa ao demitir olavistas no MEC.

O que ele precisa agora é continuar avançando nessa atitude dedetizadora no MEC.

Com informações de Veja.

Fonte: www.juliosevero.com

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Primeiro ministro evangélico negro da Educação do Brasil caiu por trapacear com credenciais falsas antes de ser empossado

Julio Severo

O professor evangélico negro Carlos Alberto Decotelli havia sido escolhido como novo ministro da Educação do Brasil pelo presidente Jair Bolsonaro, mas sua posse tornou-se impossível por causa de seus escândalos educacionais pessoais.

Presidente Jair Bolsonaro e Carlos Alberto Decotelli

Embora sua posse como negro fosse uma vitória para o governo Bolsonaro, que é acusado pelos esquerdistas negros de não lhes dar o grande respeito que eles exigem, a posse naufragou.

Decotelli enfrentou uma série de alegações de que ele exagerava suas credenciais acadêmicas.

De acordo com o serviço noticioso internacional Associated Press:

Decotelli também incluiu em seu currículo um doutorado da Universidade de Rosário, na Argentina, mas o reitor dessa instituição disse no Twitter na semana passada que ele não havia terminado seus estudos.

O candidato também solicitou um pós-doutorado na Universidade de Wuppertal, na Alemanha. A rede de televisão local Globo citou uma declaração da universidade dizendo que Decotelli não obteve esse diploma.

Seu currículo enganoso é um contraste total com sua afirmação, que disse:

“Cresci dentro da Primeira Igreja Batista do Rio e sou voltado para as questões da crença neotestamentária do núcleo evangélico tradicional, como as igrejas Batista, Metodista, Presbiteriana. Frequentei escola dominical desde dois anos de idade e hoje sou membro da Primeira Igreja Batista de Curitiba. Nas convicções que estão na Bíblia, no Novo Testamento, eu acredito. Uma questão de fé. É assim que procedo na minha vida.”

Decotelli é um batista tradicional. Os protestantes tradicionais, mesmo os batistas, costumam acusar os pentecostais e os neopentecostais de nenhuma educação ou educação insuficiente. Mas Decotelli, como batista tradicional, tinha muitas credenciais educacionais falsas.

Ele também é um defensor do sistema de cotas, que concede privilégios educacionais não com base no mérito, trabalho e esforço pessoal, mas apenas na cor da pele. Tal injustiça se encaixa no padrão moral de Decotelli, onde negros como ele podem obter credenciais educacionais de qualquer maneira possível, inclusive trapaceando.

Seu comportamento como trapaceiro é uma vergonha não apenas para os batistas tradicionais e para os protestantes tradicionais. É uma vergonha também para os evangélicos em geral que não aceitam mentiras e trapaça.

Ativistas esquerdistas atacaram incessantemente Decotelli e suas mentiras. Mas você teria dificuldade de entender o comportamento deles. Trapaças e mentiras são normais no universo esquerdista, mesmo em seus currículos e credenciais educacionais. A diferença é que eles poupam seus próprios trapaceiros enquanto condenam os trapaceiros de direita.

Se Decotelli fosse um ativista esquerdista, tenho certeza de que suas credenciais desonestas não seriam um problema para os esquerdistas. Sim, Decotelli poderia ser um defensor de cotas com diplomas falsos, mas ele estaria protegido se fosse de esquerda. Seu maior problema é não ser totalmente de esquerda.

No entanto, ser um cristão desonesto é um pecado muito sério.

O fato é que o governo Bolsonaro tem sido muito imprudente em suas escolhas de ministros. Mas Decotelli desapontou os evangélicos brasileiros.

Não é de hoje que os evangélicos, que foram considerados vitais para a eleição de Bolsonaro, ansiavam um cargo de ministro da Educação. Logo no início de 2019, o televangelista Silas Malafaia havia recomendado o evangélico Guilherme Schelb para o Ministério da Educação, mas sua recomendação virou pó diante da influência do guru esotérico Olavo de Carvalho, que indicou seu adepto Ricardo Vélez.

Uma boa qualidade de Vélez: ele não gostava do socialismo. Duas péssimas qualidades dele: Ele não gostava de Trump, mas gostava de Hillary Clinton.

Quando Vélez virou desastre no Ministério da Educação, o próprio Bolsonaro confessou que o havia escolhido cegamente. Ele disse:

“Errei no começo quando indiquei Ricardo Vélez como ministro. Foi uma indicação do Olavo de Carvalho? Foi, não vou negar… Depois liguei para ele: ‘Olavo, você conhecia o Vélez de onde?’”

Mesmo com o fracasso de Vélez, Bolsonaro deu nova oportunidade a Carvalho, que indicou Abraham Weintraub em maio de 2019. Sem demora, Weintraub anunciou que uma de suas prioridades seria aumentar o número de creches. Minha reação veio no artigo “Ministro da Educação Abraham Weintraub e seu socialismo de direita ou estatismo de direita,” em que eu disse:

“O conceito de creche — de afastar a criança da mãe o mais cedo possível — é um conceito adotado, defendido e amplamente praticado no socialismo.”

Em julho de 2019, sob Weintraub, o MEC lançou uma campanha de astrologia para alunos na internet, mas deletou posts logo depois de críticas de leitores de que tal campanha nasceu da influência de Olavo de Carvalho, que tem histórico de astrólogo, no ex-ministro da Educação.

O último problema de Weintraub foi em maio de 2020, onde ele foi criticado pela Embaixada de Israel no Brasil e por organizações judaicas no Brasil e nos EUA por comparar batidas da Polícia Federal contra aliados à perseguição nazista contra judeus.

Com Vélez e Weintraub, os tentáculos da doutrinação ideológica de Olavo de Carvalho ameaçavam 57 milhões de crianças e jovens nas escolas do Brasil.

Supõe-se que Bolsonaro não tenha dado a Carvalho oportunidade de fazer uma terceira indicação (desastrosa) porque logo no ínicio de junho de 2020, Carvalho chamou o governo Bolsonaro de “merd*,” dizendo que pode derrubá-lo.

Embora a escolha de Decotelli tenha sido desastrosa, os desastres das escolhas de Carvalho foram maiores.

Em janeiro de 2020, Bolsonaro demitiu Roberto Alvim, a principal autoridade da cultura brasileira, depois que Alvim citou o nazista Goebbels enquanto falava sobre arte nacionalista em um vídeo que tinha o compositor favorito de Hitler tocando ao fundo. Alvim é um adepto fiel de Carvalho.

Para a Fundação Nacional de Arte, Bolsonaro nomeou Dante Mantovani, um fiel adepto de Carvalho. Depois que Mantovani falou sobre o que ele nunca deveria falar, ele foi demitido. Depois de intensa pressão de Carvalho, ele foi reempossado e novamente demitido.

Entre declarações estúpidas de Mantovani estão:

“Terrabolistas são ótimos em fazer piadinhas acerca da auto-evidente planicidade da superfície terrestre, mas são absolutamente incapazes de apresentar um único argumento ou prova da delirante esfericidade da Terra. O mais próximo que chegam de um argumento em favor da bola giratória são as imagens de computação gráfica feitas pela agência de desinformação e propaganda da Guerra Fria, a NASA, cujos próprios autores já vieram a público dizer que é tudo fake.”

Olavo de Carvalho, o guru de Mantovani, Alvim e outras autoridades do governo brasileiro, finalmente reconheceu que fez uma recomendação errada no caso do ministro da Educação. Ele confessou que recomendou Vélez a Bolsonaro, apesar de não ter contato com Vélez há mais de 20 anos! Essa foi a desculpa dele.

No entanto, no caso de Ernesto Araújo, a quem ele recomendou a Bolsonaro como ministro de Relações Exteriores, ele disse que acertou na mosca. Araújo elogiou abertamente Julius Evola, o guru do ditador fascista italiano Benito Mussolini. Evola é autor de vários livros de direita, antimarxistas e ocultistas. Sim, ele defendia ao mesmo tempo a ideologia anti-marxista de direita e a bruxaria.

Tenho certeza de que ele acertou na mosca, porque Araújo tem as mesmas preferências ocultistas que Carvalho tem.

Se o ocultismo deu azar para Evola e Mussolini, como pode representar boa sorte para o Brasil?

O Brasil não precisa de Decotelli para ajudar as pessoas a avançarem com méritos e credenciais falsas.

O Brasil não precisa de pessoas com histórico ocultista para prejudicar sua sociedade.

O Brasil precisa de integridade e verdadeiro Cristianismo — sem sincretismo.

O Brasil precisa de um encontro com Cristo.

Versão em inglês deste artigo: Brazil’s first black evangelical minister of Education fell for cheating with fake credentials before being inaugurated

Fonte: www.juliosevero.com

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Ministro da Educação com raízes judaicas no governo Bolsonaro foi criticado pelo governo israelense e organizações judaicas por comparar batidas da Polícia Federal contra aliados à perseguição nazista contra judeus

Julio Severo

O ministro da Educação do Brasil recebeu críticas do governo israelense e de organizações judaicas nos EUA e no Brasil por comparar batidas da Polícia Federal contra aliados do presidente Jair Bolsonaro a Kristallnacht — o início da perseguição nazista contra judeus.

Abraham Weintraub

“Hoje foi o dia da infâmia, VERGONHA NACIONAL, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira,” tuitou em 27 de maio de 2020 Abraham Weintraub, cujos avós paternos judeus fugiram dos nazistas.

“Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? SIEG HEIL!” continuou o ministro em seu tuíte, acrescentando uma foto que mostra o boicote às lojas judaicas na Alemanha em 1933.

Kristallnacht, ou a Noite dos Cristais Quebrados, refere-se à perseguição nazista de 1938 que marca o início do Holocausto.

Weintraub nasceu de uma mãe católica e um pai judeu cujos membros da família foram mortos em campos de concentração nazistas. Ele geralmente é confundido com judeu devido ao seu nome, mas, de acordo com a Agência Telegráfica Judaica, ele não se identifica como judeu.

Organizações judaicas nos EUA e no Brasil criticaram duramente seus comentários.

“A comparação é totalmente descabida e inoportuna, minimizando de forma inaceitável aqueles terríveis acontecimentos, início da marcha nazista que culminou na morte de 6 milhões de judeus,” disse Fernando Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, a organização judaica mais importante do Brasil.

“Basta! O uso repetida da linguagem do Holocausto como arma política por parte de funcionários do governo brasileiro é profundamente ofensivo aos judeus do mundo e um insulto às vítimas e sobreviventes do terror nazista. Isso precisa parar imediatamente,” tuitou o Comitê Judaico Americano, a organização judaica mais importante dos EUA.

Embora o governo Bolsonaro seja aliado de Israel, especialmente porque os evangélicos, a base política mais importante de Bolsonaro, são apoiadores tradicionais de Israel, o governo israelense também criticou a comparação de Weintraub.

O cônsul-geral de Israel em São Paulo, Alon Lavi, disse:

“O Holocausto, a maior tragédia da história moderna, onde 6 milhões de judeus, homens, mulheres, idosos e crianças foram sistematicamente assassinados pela barbárie nazista, é sem precedentes. Esse episódio jamais poderá ser comparado com qualquer realidade política no mundo.”

Com o mesmo tom crítico, a Embaixada de Israel no Brasil divulgou um comunicado:

Houve um aumento da frequência de uso do Holocausto no discurso público, que de forma não intencional banaliza sua memória e também a tragédia do povo judeu, que terminou com o extermínio de 1/3 do nosso povo por ódio e ignorância dos nazistas e seus colaboradores.

Em nome da amizade forte entre nossos países, que cresce cada vez mais há 72 anos, requisitamos que a questão do Holocausto como também o povo judeu ou judaísmo fiquem à margem do diálogo político cotidiano e as disputas entre os lados no jogo ideológico.

Essa é a primeira vez que diplomatas de Israel criticaram de forma pública o governo Bolsonaro. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viajou ao Brasil para participar da posse do presidente brasileiro em 2019. Na época, Netanyahu disse: “Não temos melhores amigos no mundo do que a comunidade evangélica, e a comunidade evangélica não tem melhor amigo no mundo do que o Estado de Israel.”

Em janeiro de 2020, o secretário da Cultura Roberto Alvim, um adepto de Olavo de Carvalho, foi demitido por imitar um discurso nazista. Na época, o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, falou diretamente com Bolsonaro para expressar a preocupação de Israel com o discurso de Alvim, que havia publicado um vídeo no qual ele fez uso de trechos de um discurso de Joseph Goebbles, ministro da Propaganda na Alemanha de Hitler. Logo depois, Alvim foi demitido.

Houve também outros conflitos entre grupos judeus e o governo Bolsonaro. Em abril de 2020, o Comitê Judaico Americano exigiu um pedido de desculpas do chanceler Ernesto Araújo, que comparou o isolamento social para conter o COVID-19 a campos de concentração nazistas. Foi uma comparação descabida, pois até mesmo Israel usou o isolamento social para conter o COVID-19.

Em março de 2019, Araújo disse em entrevista que o nazismo era um movimento de esquerda. Os judeus dizem que era um movimento de direita, e a opinião deles tem peso, pois eles foram as maiores vítimas do nazismo e muitos deles eram esquerdistas. Em viagem a Israel naquele mesmo mês, Bolsonaro apoiou a opinião de Araújo, mas foi contestado pelo Museu do Holocausto em Jerusalem que declarou que o nazismo era um movimento de direita.

A comparação de Weintraub foi feita depois que em 27 de maio de 2020 a Polícia Federal usou mandados de busca e apreensão contra vários aliados do presidente Bolsonaro como parte de uma investigação sobre ameaças aos ministros do Suprema Tribunal Federal e a disseminação de notícias falsas.

Os aliados políticos foram dignos da comparação de Weintraub? As ações da Polícia Federal afetaram vários indivíduos, inclusive Sara Winter, Allan dos Santos e Bernardo Kuster.

Sara Winter tornou-se conhecida internacionalmente depois que LifeSiteNews, o mais importante site pró-vida católico internacional, publicou uma reportagem em 2015 sobre ela, apresentando sua suposta conversão ao Catolicismo. A reportagem disse:

Sara Fernanda Giromini se tornou conhecida no Brasil e no mundo sob o pseudônimo “Sara Winter” em 2012, quando se tornou membro fundadora da Femen Brasil, e liderou um trio de moças em vários protestos topless que atraíram muita atenção da mídia. No entanto, apenas três anos depois, a jovem ativista fez uma reviravolta e declarou guerra ao feminismo e ao aborto, e está se desculpando com os cristãos por seu comportamento ofensivo.

Ela continua usando seu apelido, Sara Winter, que é a forma portuguesa de “Sarah Winter,” uma apoiadora nazista britânica e membro da União Britânica de Fascistas.

Num vídeo de 27 de maio de 2020, Sara disse que desejaria “trocar soco” com um ministro do Supremo Tribunal e afirmou que esse ministro “nunca mais vai ter paz na vida.” Ela disse:

Você me aguarde, senhor Alexandre de Moraes. Nunca mais vai ter paz na sua vida. A gente vai infernizar sua vida, vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta, a gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham para o senhor… A gente vai descobrir tudo da sua vida até o senhor pedir para sair. Hoje o senhor tomou a pior decisão da sua vida.

Sara Winter é lider do grupo autointitulado “300 do Brasil,” que acampou em frente ao STF. O grupo, cujos membros vestem roupas camufladas parecidas com as roupas do Exército e portam armas, já foi chamado de “milícia armada” pelo Ministério Público do Distitro Federal e Territórios. Faz lembrar um grupo paramilitar.

Sara Winter

Em entrevista ao serviço noticioso em português da BBC de Londres, Sara disse que a presença de armas em seu acampamento é “para a proteção dos próprios membros.” A BBC disse:

Sara Winter gosta de publicar fotos segurando armas e diz nas redes sociais que “atira muito bem.”

Ela dá várias versões para os “300 do Brasil.” Ela diz que foi ideia de Olavo de Carvalho, que é o guro dela. Ela também diz, talvez para agradar a grupos diferentes, que o nome foi escolhido baseado nos “300 de Gideão,” do Antigo Testamento da Bíblia. Ela também diz que foi baseado nos “300 de Esparta.”

Sara também dá outras explicações para uma tatuagem em seu ombro de uma cruz de ferro, símbolo germânico que se tornou popular durante o regime nazista e era a principal condecoração nazista de guerra. Sara diz que a tatuagem era uma homenagem aos “cavaleiros templários da idade média,” mas a pesquisadora alemã Carina Book confirmou que é a cruz de ferro.

Sobre o acampamento dos “300 do Brasil” em frente do STF, ela disse: “Quem me pediu pra fazer tudo isso foi o professor Olavo.”

Não é de estranhar então que em 28 de maio de 2020, Olavo pediu a pena de morte para o ministro que pediu a ação da Polícia Federal contra Sara e outros. Mas se ele defende a pena de morte para o ministro que busca tirar o direito de expressão de Sara, então por que ele é o maior negador da Inquisição no Brasil? A Inquisição tirava de suas vítimas não somente seu direito de expressão, mas também suas propriedades e vidas.

Em algumas ocasiões Sara Winter declarou que recebeu treinamento na Ucrânia e que ela quer “ucranizar” o Brasil, uma postura difícil para os conservadores entenderem, pois a revolução ucraniana foi em grande parte financiada por George Soros, o governo de Obama e os neocons.

Nos treinamentos promovidos por Sara para seu “300 do Brasil,” são proibidos fotos e vídeos e exige-se roupa adequada para um treinamento físico de combate.

Sara Winter com sua máscara de caveira, de acordo com o site jornalístico A Publica

Numa foto do “300 do Brasil,” Sara Winter aparece com outros militantes, usando uma máscara de caveira. A máscara é muito popular na Europa e nos Estados Unidos entre neonazistas. “A máscara de caveira virou uma estética universal fascista,” escreve o jornalista Jake Hanrahan no Twitter.

Grupo neonazista Atomwaffen Division e suas máscaras de caveira

No filme “A Vida de Sara”, um documentário biográfico produzido pela plataforma Lumine, apelidada de “Netflix conservadora,” Sara Winter diz que a FEMEN mandou dinheiro para que ela fosse treinada na Ucrânia e levasse esse treinamento ao Brasil.

O filme foi produzido por Matheus Bazzo, que também produziu o documentário sobre Olavo de Carvalho, “O Jardim das Aflições.”

No filme, Sara conta que que já se prostituiu e ela aparece atirando e manipulando armas de fogo.

Tal quadro parece problemático para a imagem dos cristãos conservadores que lutam contra a agenda de aborto e homossexualidade.

Entre os apoiadores do “300 do Brasil” estão o jornalista do Terça Livre Allan dos Santos e o psiquiatra Ítalo Marsilli, que declarou em um de seus vídeos que mulheres não deveriam votar pois são fáceis de seduzir. Ele disse:

“Na democracia grega, a única do mundo que funcionou, não estava previsto o voto feminino. Quando o voto passa ser pleno, ou seja, mulheres e todo mundo pode votar, a gente vê que tem uma crise na regência do Estado. É muito fácil você convencer mulher de votar, é só você seduzi-la.”

Santos e Marsilli são adeptos também de Olavo de Carvalho. Santos foi um palestrante de destaque na CPAC Brasil em 2019, um evento que foi realizado com impostos e usado para glorificar Olavo.

Quanto a Bernardo Kuster, que junto com Sara e Santos foi também alvo da batida da Polícia Federal, ele abandonou a Igreja Evangélica para seguir o catolicismo sincrético de Carvalho. Hoje Kuster promove a ideia de que a Inquisição foi um tribunal de misericórdia — uma postura fortemente contestada pelo governo de Israel e pelos judeus. Aliás, em 2013, em visita ao Vaticano, Netanyahu deu ao Papa Francisco um exemplar de um volumoso livro contra a Inquisição escrito por seu pai.

Na próxima visita de Netanyahu ao Brasil, ele deveria dar um exemplar desse livro a cada membro do governo Bolsonaro. Alguns deles, que seguem Carvalho, acreditam que a Inquisição foi mentira, embora ela tenha também torturado e matado judeus no Brasil.

O que impede Olavo e seus adeptos, que fazem revisionismo descarado da Inquisição, de um dia também fazerem revisionismo do Holocausto? Afinal, as principais vítimas de ambos eram justamente os judeus.

É impossível entender esse quadro caótico sem compreender que Olavo de Carvalho, que tem um histórico ocultista, é membro da Escola Tradicionalista. Recentemente, o escritor judeu americano Benjamin R. Teitelbaum lançou o livro “War for Eternity” (Guerra pela Eternidade), publicado por HarperCollins, a maior editora dos EUA. O livro faz um mapa da Escola Tradicionalista e seus principais representantes em vários países. O representante para o Brasil é Olavo. Teitelbaum apresenta a Escola Tradicionista como uma seita ocultista.

Por sua própria natureza, o ocultismo traz caos.

Apesar das repreensões do governo de Israel e de organizações judaicas nos EUA e Brasil, o ministro da Educação Abraham Weintraub não voltou atrás em sua comparação. Aliás, ele a defendeu, em nome da liberdade de expressão. Ele disse em um tuíte de 28 de maio de 2020:

Não falem em nome de todos os cristãos ou judeus do mundo. FALO POR MIM! Tive avós católicos e avós sobreviventes dos campos de concentração nazistas (foto). Todos eram brasileiros. TENHO DIREITO DE FALAR DO HOLOCAUSTO! Não preciso de mais gente atentando contra MINHA LIBERDADE!

Sim, ele tem direito de falar do Holocausto. Mas já que ele tem avós que sobreviveram ao Holocausto, por que ele não condena os sinais de fascismo no movimento que ele está apoiando?

Olavo de Carvalho é o maior defensor brasileiro da Inquisição, que torturou e matou milhares de judeus. Os adeptos católicos de Carvalho apoiam e propagam a radical postura dele de que a Inquisição foi mito e lenda.

Se Weintraub sabe confrontar Israel e os judeus na sua postura teimosa de comparar o Holocausto com as ações da Polícia Federal contra Sara Winters e outros adeptos de Carvalho, por que ele não sabe ou não consegue confrontar Carvalho sobre a Inquisição? Por que ele não sabe confrontar os sinais de fascismo e ocultismo em Carvalho e seus adeptos?

Por exemplo, o ministro das Relações Exteriores abertamente louva Olavo de Carvalho, René Guénon e Julius Evola. Guénon é o mestre islâmico ocultista seguido pelos membros da Escola Tradicionalista, cujo membro mais proeminente foi Evola, guru do ditador fascista italiano Benito Mussolini. Evola era radicalmente contra o marxismo e escreveu livros defendendo a ideologia direitista, o ocultismo e a magia negra.

Por que Weintraub não questiona e confronta isso?

E com relação à sua defesa da liberdade de expressão, essa defesa é total ou limitada? Em 2019, usando mentiras e difamações, Olavo de Carvalho, considerado o Rasputin de Bolsonaro, apelou para que a Polícia Federal me investigasse, num desejo descarado de ver a máquina estatal silenciando minha voz e meus artigos evangélicos contra o ocultismo e a Inquisição. Você pode conferir tudo aqui: http://bit.ly/2RTonDx

Na época, Weintraub nada disse contra o desejo ditatorial de Olavo de me censurar.

Mas hoje Weintraub, confrontando Israel e grupos judaicos, fala contra a Polícia Federal agindo contra uma ativista de apelido nazista treinada na Ucrânia por grupos financiados por George Soros.

Weintraub também defendeu o canal Terça Livre, que defende a Inquisição e já me atacou, xingou e difamou. Confira aqui: http://bit.ly/2eCxaG7

A liberdade de expressão que Weintraub defende é para todos ou somente para quem usa apelidos nazistas e para quem xinga e difama?

Como ficaria um escritor evangélico nessa defesa? Não sei, pois quando Olavo apelou para a Polícia Federal contra mim, não vi Weintraub defendendo liberdade de expressão. Mas o irmão dele, o Arthur Weintraub, que também tem cargo importante no governo Bolsonaro, ao se deparar com um tuíte meu criticando Olavo, me bloqueou no Twitter.

Para eles, até Israel pode ser confrontado. Mas criticar Olavo, o defensor da Inquisição, é inaceitável.

Certamente, não concordo com as posturas do STF sobre aborto e homossexualismo. Aliás, a chamada “homofobia” foi criminalizada em 2019 depois que o STF decidiu em favor de uma organização homossexualista que apresentou queixa contra mim no Ministério Público Federal anos atrás.

Weintraub busca defender contra o STF Sara e outros na pura lógica de liberdade de expressão, mas o comportamento do grupo de Sara andar armado e seu uso de símbolos tão ligados ao fascismo não seriam sinais de alerta suficientes de que suas ameaças podem acabar se tornando violentas?

Há três fases na história de Sara nos últimos dez anos. Ela estava ligada ao FEMEN no início da década de 2010. Em meados dessa década, ela já estava aparentemente mudada, se tornando uma personalidade católica pró-vida em LifeSiteNews. E há a Sara mais recente, que está ligada a Olavo e treinando um grupo que tem características paramilitares. Essa é uma Sara que usa uma máscara fascista, xinga, usa armas e ameaça ministros do STF.

Como é que Weintraub não confronta isso, mas confronta o governo de Israel e organizações judaicas? Como é que ele encara isso só como mera opinião, não como sinais de perigo?

Com informações de Jewish Telegraphic Agency, Notícias R7, Istoé, Yahoo, CONIB, Correio Braziliense, Estado de Minas, A Publica, BBC, LifeSiteNews, Revista Forum e UOL.

Versão em inglês deste artigo: Brazilian education minister with Jewish roots in the Bolsonaro administration was criticized by the Israeli government and Jewish groups for comparing police investigation raids against allies to Nazi persecution against Jews

Fonte: www.juliosevero.com

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Julio Severo

O Ministério da Educação (MEC) deletou de sua conta oficial no Twitter posts de uma campanha de astrologia que mostrava quem é “o estudante de cada signo,” publicados em 14 de julho de 2019.

Nas 12 imagens, uma para cada signo, o MEC tentou criar uma relação entre o perfil do aluno e as características traçadas a partir da interpretação do zodíaco. Contudo, a repercussão da campanha de astrologia na internet enfrentou críticas de internautas sobre a razão do MEC de apresentar de forma tão favorável a astrologia, que baseia a leitura do presente e do futuro pela observação dos astros no espaço sideral. As imagens polêmicas foram apagadas um dia depois.

Além de unir horóscopo aos estudos, o MEC incentivou os estudantes a envolverem outros alunos em sua campanha de astrologia. Num dos posts sobre o signo de Aquário, o MEC perguntou: “Quem é você no horóscopo do estudo? Aproveite e marque seus amigos!”

Para o signo de Virgem, o MEC disse que os “astros da educação” indicam uma personalidade voltada para a organização, com estudos planejados de acordo com os dias da semana.

A campanha de astrologia do MEC foi criticada por diferentes internautas que a associaram a Olavo de Carvalho, considerado o Rasputin do Presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da educação Abraham Weintraub, que é adepto de Olavo. Algumas das críticas:

“É capaz dessa bobagem cair no Enem.”

“Estudo tem horóscopo? Acho que isso é coisa butada pelo horóscopologo que mora nos EUA. Uma pena o ministério da educação ter feito essa opção.”

“Que lixo é este? Aquele charlatão quer tornar nossas crianças e estudantes em ocultistas? @PastorMalafaia é este governo que a bancada evangélica esta dando apoio?”

“Parem com essa pseudociência, valorizem a ciência nacional.”

“Astrologia e signos são a total negação da ciência. Então, acho totalmente incoerente o Ministério da Educação publicar algo relacionado a isso.”

Embora Olavo de Carvalho negue envolvimento hoje com astrologia e muitas vezes esconda seu passado e livros sobre astrologia, tudo o que ele toca se torna astrológico.

O Ministério da Educação, que ineditamente promoveu essa escandalosa campanha de astrologia, é dirigido “coincidentemente” por um adepto de Carvalho.

Em 2017, houve o caso igualmente escandaloso de uma professora evangélica que, sem o consentimento e conhecimento dos pais, dava doutrinação astrológica aos alunos, ensinando-os a fazer mapas astrais. Normalmente, nenhum evangélico se envolve com astrologia, muito menos para impô-la em alunos contra a vontade dos pais. Mas a professora em questão, Ana Caroline Campagnolo, é adepta de Carvalho.

Além de negar ou esconder suas questões astrológicas, outro subterfúgio que Carvalho usa para desconversar suas conexões astrológicas é acusar os outros do que ele faz. Mais cedo neste ano, ao ser chamado de astrólogo por Silas Malafaia, o maior televangelista do Brasil, Carvalho rebateu dizendo que Lutero e seu assistente Philip Melanchthon criam muito mais em astrologia do que ele crê.

Foi uma evasiva estratégica, facilmente refutada por mim neste artigo: “Olavo de Carvalho acusa que Philip Melanchthon era astrólogo maior que ele.”

Entretanto, ele negando ou não, os frutos sempre aparecem através dos próprios alunos dele, seja uma professora em sala de aula ou um ministro da Educação.

Apesar da influência ocultista de Carvalho, o Presidente Jair Bolsonaro, um católico sincrético que foi eleito majoritariamente por evangélicos, tem insistido em nomear para seu governo indivíduos fortemente influenciados por Carvalho. Ele já fez isso com o Ministério da Educação, nomeando cegamente um olavista anti-Trump, que acabou sendo substituído pelo atual ministro que lançou a campanha de astrologia. E ele fez isso com o Ministério das Relações Exteriores, nomeando um adepto de Olavo, de René Guénon e de Julius Evola, cujos escritos em defesa da direita e da bruxaria ajudaram o nazismo e o fascismo.

Com informações do próprio MEC e de O Globo.

Versão em inglês deste artigo: Brazil’s Ministry of Education launches astrology campaign for students on the internet, but it deletes posts shortly after criticism from readers that such a campaign was born of the influence of Olavo de Carvalho, who has a history of astrologer, on the Minister of Education

Fonte: www.juliosevero.com

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Julio Severo

Apesar de dizer que o MEC é fundamental, o Presidente Jair Bolsonaro confessou à revista Veja que a escolha do ministro da Educação Ricardo Vélez foi feita no escuro, sem nenhuma triagem e sem nenhuma consideração técnica:

“Errei no começo quando indiquei Ricardo Vélez como ministro. Foi uma indicação do Olavo de Carvalho? Foi, não vou negar. Ele teve interesse, é boa pessoa. Depois liguei para ele: ‘Olavo, você conhecia o Vélez de onde?’. ‘Ah, de publicações.’ ‘Pô, Olavo, você namorou pela internet?’ disse a ele.”

Bolsonaro admitiu para a revista Veja que a nomeação de Vélez foi um erro. Na verdade, foi um fracasso monumental que poderia ter sido facilmente evitado se Bolsonaro, em vez de fazer escolhas numa dependência cega e submissa a um homem apelidado de “Rasputin de Bolsonaro,” tivesse aplicado em primeiro lugar requisitos técnicos profissionais e éticos.

Quem é que não viu que Vélez foi um fracasso? Demorou para Bolsonaro ver o que todos já estavam vendo.

Bolsonaro confiou, no escuro, na indicação de Olavo de Carvalho, o tal Rasputin. Por sua vez, Rasputin se esquivou, como é seu hábito, de assumir qualquer responsabilidade pelo fracasso, respondendo evasivamente para Bolsonaro que conheceu Vélez somente através de publicações. Ele só assume glórias — de outros. Fracassos pessoais? Ele não assume nenhum.

Eu também conheço Vélez por publicações. Li posts do blog dele de anos. O que vi? Um homem contra o PT. Mas mais que isso. Vi sem nenhuma dificuldade um homem elogiando a esquerdista Hillary Clinton e fazendo críticas e oposição a Donald Trump.

Tais posturas radicais não estão nas entrelinhas. Estão em vários artigos de Vélez, inclusive bem à vista nos próprios títulos. Até um míope crônico conseguiria ler.

Até eu, que sou um mero escritor evangélico conservador sem nenhuma pretensão de ser o maior filósofo do Brasil, sabia que Vélez era despreparado. Em novembro de 2018, mais de um mês antes de sua posse, alertei publicamente que Vélez não estava em condições de ser ministro da Educação. Alertei neste artigo: “Novo ministro da Educação: hostil ao socialismo e Trump, amistoso com Bolsonaro e Hillary.”

Se Bolsonaro tivesse lido o blog de Vélez, ele teria visto tudinho. Mas ele não se deu ao trabalho de ler, e isso lhe deu imensa dor de cabeça. Confiar no escuro em oportunistas dá dor de cabeça. Chamo Rasputin de oportunista porque ele tem perfil semelhante ao perfil de Steve Bannon — que poderíamos chamar de versão americana de Olavo de Carvalho —, que Trump expulsou da Casa Branca por oportunismo.

Se Bolsonaro tivesse lido meu blog, ele teria se poupado de muitos problemas no Ministério da Educação. Mas ele preferiu confiar no escuro em Rasputin. E deu no que deu.

Rasputin se gaba de ser um homem de filosofia, letras e cultura. Ele se gaba de ler muito e de entender melhor do que todos os outros. Ele se gaba também de ver perigos antes de qualquer um. Sendo assim, no padrão dele, se até eu, um mero leitor mortal, vi, como é que ele não viu o Vélez claramente pró-Hillary e contra Trump? Como é que ele não enxergou que isso era um prenúncio de fracasso e desastre — que de fato acabaram acontecendo?

E mesmo assim Rasputin indicou Vélez para Bolsonaro, trazendo como consequência imenso prejuízo ao Brasil por causa da falta de responsabilidade de quem indicou e de quem aceitou cegamente a indicação.

Para quem se julga o mestre máximo da cultura e filosofia, a indicação fracassada dele no Ministério da Educação é prova de que ele não entende tanto quanto alega entender. De doutrinação, ele entende bastante. De manipulação de um presidente e seus filhos, ele entende enormemente, pois só um presidente manipulado, depois de ver com os próprios olhos o fracasso escancarado de Rasputin para o Ministério da Educação, logo em seguida lhe concede a condecoração mais elevada do governo brasileiro.

Só no Brasil desastre e fracasso rendem condecoração. Parece que quanto maior o fracasso, maior é a condecoração. E foi o que aconteceu no caso de Rasputin: Saiu da própria confusão criada por ele ileso, impune e fartamente premiado.

Só um cego daria tal condecoração. Só um manipulado faria isso. E ele fez mais que isso: para tentar remediar o estrago da indicação de Rasputin, Bolsonaro nomeia outra indicação de Rasputin, conforme mostrado no meu artigo “Ministro da Educação Abraham Weintraub e seu socialismo de direita ou estatismo de direita”. Talvez ele tenha feito isso para provar, sem a menor sombra de dúvida, que ele está apaixonado por Rasputin — fato plenamente observável que dispensa atestado científico.

Tenho de confessar que votei num cego e manipulado e agora tenho a obrigação de orar e cobrar dele todos os dias de seu governo, até que ele consiga se libertar desse estado deplorável de cegueira e manipulação.

Quando ele deixar esse estado, ele vai dizer surpreso consigo mesmo:

“Confiei cegamente no cara. Nomeei o homem indicado por ele, e foi um desastre para o Ministério da Educação, que é tão importante para mim e para o Brasil. Foi um desastre para meu governo e para o Brasil. E depois recompenso o desastre dando a maior condecoração para o cara responsável por tudo isso? Meu Deus, onde é que eu estava com a cabeça para fazer isso?”

Depois desse despertamento, ele vai fazer com Rasputin exatamente o que Trump fez com Steve Bannon: Enxotar sua influência de seu governo e dizer a todos que ele não passa de um oportunista.

Com informações do Antagonista.

Fonte: www.juliosevero.com

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Ministro da Educação Abraham Weintraub e seu socialismo de direita ou estatismo de direita

Julio Severo

O novo ministro da Educação Abraham Weintraub prometeu que no governo Bolsonaro haverá muito mais creches do que no governo Lula e Dilma.

Ele disse: “Nosso plano de governo prevê a educação básica como prioridade e é isto que vamos seguir. Mais creches e mais crianças alfabetizadas.”

O conceito de creche — de afastar a criança da mãe o mais cedo possível — é um conceito adotado, defendido e amplamente praticado no socialismo.

Quando eu ouvia Lula e Dilma falando de ampliar o número de creches — de afastar as crianças de suas mães —, eu buscava alertar. Com Lula e Dilma, o Brasil teve um grande e horroroso aumento no número de creches.

Contudo, eu esperava de um governo suspostamente direitista que houvesse incentivos para as mães ficarem com seus filhos em casa para cuidar deles e educá-los. Por isso, foi uma surpresa total ler que Weintraub pretende aumentar mais ainda o que Lula e Dilma já haviam aumentado.

Nos governos Lula e Dilma, aumentar o número de creches representava a implementação de um ideal socialista. Para Weintraub e o governo Bolsonaro, que se julgam direitistas, aumentar creches significa o quê? Socialismo de direita? Estatismo de direita? Sem mencionar que todos os tipos de abuso, inclusive sexual, acontecem em creches.

Votei em Bolsonaro para, por exemplo, eliminar a lei de Lula que obriga crianças de 4 anos a ir para a escola. Ao fazer essa lei, Lula anunciou que ele estava usando o modelo da China comunista. Mas nem Weintraub nem o governo Bolsonaro disseram que vão eliminar essa lei comunista.

No caso de Weintraub, é uma questão ainda mais problemática porque ele tem sido apresentado pela mídia como um homem que detesta o socialismo. Ele disse: “O socialista é a Aids; e o comunista, a doença oportunista.”

Para um homem que detesta o socialismo, qualquer iniciativa de afastar ainda mais as crianças de suas mães seria vista como “AIDS ou doença oportunista.”

O direitista genuinamente contra o socialismo faria exatamente o contrário de um socialista: Implementaria iniciativas para aproximar e solidificar o contato entre crianças e pais.

A escritora americana Mary Pride, que é líder do movimento de educação escolar em casa nos Estados Unidos, citou que Platão, ao apresentar a sociedade socialista ideal, disse:

“Na sociedade ideal… não há papel doméstico como o da dona-de-casa. Já que a ‘procriação planejada’ e AS CRECHES reduzem ao mínimo a imprevisibilidade da gravidez e o tempo que as mães são obrigadas a gastar na gravidez e na criação dos filhos, o papel delas como mães não mais é algo que necessite tempo integral. Portanto, as mulheres não poderão mais ser definidas em seus papéis tradicionais.” (De Volta Ao Lar.)

A Federação Internacional de Planejamento Familiar, que é a maior organização de aborto do mundo e tem o apoio da ONU, propôs as seguintes estratégias para reduzir o tamanho da população mundial e para que os casais tenham menos filhos: Aumento do homossexualismo; estabelecimento de creches; leis que levem as mulheres a trabalhar fora.

Tudo isso é socialismo. Tenho tido, há mais de 30 anos, facilidade para identificar essas e outras estratégias socialistas porque tive uma excelente formação conservadora. Leio livros conservadores evangélicos americanos (em defesa do homeschooling, da Bíblia, de Reagan e contra o comunismo) desde a década de 1980.

Por que então Abraham Weintraub não conseguiu identificar que aumentar o número de creches significa aumentar o poder do socialismo? Qual é a formação dele? O site Intercept classifica Weintraub como “um discípulo de Olavo.” Essa formação parece lhe ter dado pouca visão de como identificar o socialismo na prática.

Aliás, ele não foi nomeado como ministro da Educação por ter experiência nessa área, mas porque ele é discípulo de Carvalho e porque o Presidente Jair Bolsonaro, em quem votei, escolheu Carvalho como seu Rasputin pessoal. Seguir o Rasputin tem trazido alguns desastres governamentais. Primeiramente, por indicação de Carvalho, Bolsonaro informou em novembro do ano passado que nomearia Ricardo Vélez como ministro da Educação.

Na época, avisei que Vélez tinha estranhas opiniões, inclusive que ele era contra Trump e apoiava Hillary Clinton. Vélez encheu o ministério da Educação de confusões e caos, especialmente depois de contratar adeptos do Rasputin. A consequência foi que Vélez durou apenas três meses no cargo. Foi demitido por incompetência.

Bolsonaro parece não ter aprendido nada com esse desastre. Agora, ele nomeou um anticomunista que adora creches comunistas. É uma contradição caótica.

Bolsonaro adora Olavo e seus adeptos. O ministro das Relações Exteriores de Bolsonaro, também discípulo de Carvalho, é adepto do ocultista islâmico René Guénon e seu discípulo mais importante, Julius Evola, cujas ideias inspiraram o nazismo e o fascismo. Carvalho e Steve Bannon, que são aliados, também são adeptos de Guénon.

O raciocínio de Bolsonaro parece ser: Se um olavista no ministério da Educação provocou desastres, traga outro olavista para tentar tudo de novo.

E o raciocínio de Weintraub parece ser: Se os socialistas Lula e Dilma fizeram creches socialistas para doutrinar crianças no socialismo, eu vou fazer mais creches socialistas de direita para doutrinar crianças no socialismo de direita.

Versão em inglês deste artigo: Brazilian Minister of Education Abraham Weintraub and His Right-Wing Socialism or Right-Wing Statism

Fonte: www.juliosevero.com

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Os tentáculos da doutrinação ideológica de Olavo de Carvalho sobre 57 milhões de crianças e jovens nas escolas do Brasil

Julio Severo

Considerado uma espécie de Rasputin na família Bolsonaro, Olavo de Carvalho conseguiu que seus adeptos fossem nomeados para os cargos mais importantes do governo do Presidente Jair Bolsonaro. Enquanto o Pr. Silas Malafaia havia recomendado Guilherme Schelb para o Ministério da Educação (MEC), sua recomendação virou pó diante da influência de Carvalho, que indicou seu adepto Ricardo Vélez. Além desse olavete, dois outros olavetes, Carlos Nadalim e Murilo Resende, foram escolhidos respectivamente para a Secretaria Especial da Alfabetização e a direção da Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

O fanatismo se apossou de tal forma do MEC que até apoiadores de Bolsonaro que não idolatram Carvalho foram, de acordo com o UOL, removidos de cargos de liderança do MEC. É a limpeza ideológica em prol do pensamento único do olavismo.

A doutrinação ideológica de Carvalho deve influenciar o MEC nos próximos quatro anos, desde a alfabetização até o ensino superior, cujo impacto fatalmente atingirá os cerca de 48,6 milhões de estudantes matriculados nas escolas da educação básica e sobre os pouco mais de 8,3 milhões de alunos do ensino superior (segundo o último Censo Escolar, de 2017).

A doutrinação ideológica dele abarca desde luta contra o marxismo até uma estranha luta contra o que ele chama de “mito,” “lenda” e “mentira” da Inquisição. A Inquisição e o Holocausto torturavam e matavam preferencialmente judeus, mas revisionistas amenizam seus crimes. Carvalho é o maior revisionista brasileiro da Inquisição, indo de encontro a um fato atestado pela vasta maioria dos historiadores judeus.

Se Carvalho visitasse Israel e proclamasse que a Inquisição é mentira, os judeus o veriam como um louco não diferente dos loucos que minimizam os crimes do Holocausto.

A Inquisição, que também matava evangélicos, chegou a torturar e matar muitos judeus no Brasil. Há até um Museu da Inquisição em Belo Horizonte que documenta os horrores da Inquisição.

Movidos por esforços de historiadores judeus e evangélicos, os Estados Unidos, onde Carvalho vive autoexilado como imigrante desde 2005, se tornou o país que mais investiu em campanhas de informação para combater a propaganda desinformatória de militantes da Inquisição.

Com um desinformante da Inquisição dominando o MEC, o que é que vai prevalecer agora? O ponto-de-vista americano, que é predominantemente anti-Inquisição? O ponto-de-vista das vítimas judias e evangélicas da Inquisição? Ou a doutrinação e analfabetismo moral e histórico dos revisionistas desinformantes, que é exatamente o grupo em que estão Carvalho e seus adeptos?

Você pode ler mais sobre a Inquisição no meu artigo: “Aborto, Inquisição e revisionismo na Enciclopédia Britânica.”

Ignorando a gravidade do assunto da Inquisição, Bolsonaro e seus filhos acreditam que a influência ideológica de Carvalho é necessária para destruir a influência ideológica de Paulo Freire (1921-1997) na educação brasileira. Mas poucos sabem que o famoso método Paulo Freire foi construído com o mesmo ingrediente básico que o método Olavo de Carvalho vem sendo construído: oportunismo às custas do evangélicos.

De acordo com a BBC de Londres: “A influência de Olavo na montagem do governo supera a da bancada evangélica, cujo eleitorado foi crucial na vitória de Bolsonaro, mas recebeu um único ministério (Mulher, Família e Direitos Humanos).” Imparcialmente, a BBC acabou reconhecendo que os evangélicos deram a vitória a Bolsonaro, que em retribuição e “gratidão” deu tudo para o astrólogo Olavo e seus adeptos. Isso se chama oportunismo.

Não diferente do oportunismo de Paulo Freire. De acordo com o Dr. David Gueiros Vieira, o Método Paulo Freire nada mais é do que uma cópia pirata pervertida do Método Laubach.

Em matéria no site do Escola Sem Partido intitulada “Método Paulo Freire ou Método Laubach?” Vieira explicou que o Método Laubach foi criado pelo missionário evangélico americano Frank Charles Laubach (1884–1970) para ajudar populações analfabetas do Terceiro Mundo a lerem a Bíblia.

Em 1915, Frank Laubach fora enviado por uma missão evangélica à ilha de Mindanao, nas Filipinas, que estava então sob o domínio americano — desde que os EUA derrotaram a Espanha numa guerra. A dominação católica espanhola deixara à população filipina uma herança de analfabetismo total e ódio aos americanos. Laubach usou seu método para ensinar os filipinos a ler a Bíblia.

Depois de 1915, o Método Laubach foi utilizado com grande sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo o século XX.

Vieira disse:

No Brasil, este foi introduzido pelo próprio Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários outros países latino-americanos.

Lembro-me bem dessa visita, pois, ainda que fosse muito jovem, cursando o terceiro ano ginasial, todos nós estudantes sabíamos que o analfabetismo no Brasil ainda beirava a casa dos 76% — o que muito nos envergonhava — e que este era o maior empecilho ao desenvolvimento do país.

A visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis. Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades.

Houve também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a versão portuguesa ainda não estava pronta. Nessa época, a revista Seleções do Readers Digest publicou um artigo sobre Laubach e seu método — muito lido e comentado por todos os brasileiros de então, que, em virtude da guerra, tinham aquela revista como único contato literário com o mundo exterior.

Na mesma época, subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho evangélico, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao Cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a conscientização das massas à sua “condição de oprimidas”. O autor dessas outras cartilhas era Paulo Freire, que emprestou seu nome à essa “nova metodologia” — da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos — como se a mesma fosse da sua autoria.

A verdade então é que a luta de um missionário evangélico americano para alfabetizar a população brasileira para o Evangelho foi pirateada e corrompida por Paulo Freire em prol da propaganda do marxismo. Isso se chama oportunismo.

Se foi péssimo o oportunismo de Paulo Freire às custas de um evangélico americano, o que poderia resultar do oportunismo de Olavo de Carvalho às custas da vitória que os evangélicos deram a Bolsonaro? Que tipo de educação a doutrinação ideológica dele poderia trazer para crianças?

Um bom jeito de avaliar a capacidade educativa dele é ver os frutos dessa educação na vida dos próprios filhos dele. Dois filhos dele são muçulmanos. Outra filha fora forçada, quando era menor de idade, a casar com um muçulmano numa mesquita. O próprio Carvalho recebeu prêmio da ditadura islâmica da Arábia Saudita por uma biografia de Maomé que ele escreveu.

O histórico de Carvalho é saturado de esoterismo, astrologia e islamismo esotérico. Mesmo hoje, ele continua com fortíssimas ligações esotéricas. Nenhum filósofo de renome dos EUA elogia e recomenda Carvalho, mas Wolfgang Smith, esotérico americano adepto do bruxo islâmico René Guénon, tem elogiado e recomendado Carvalho e vice-versa. Esotérico sempre elogia esotérico. Se tudo isso é confuso para o público, o que dizer de seus próprios filhos? Como eles poderiam ficar menos confusos?

Um dos filhos de Carvalho, num post de 12 de outubro de 2018, fez algo certo pelos motivos errados. Luiz Gonzaga de Carvalho Filho, autodenominado professor que dá aulas de astrologia e esoterismo, disse:

“Agora se você quer poder ter liberdade real para criar instituições culturais islâmicas independentes ou para fazer homeschooling islâmico para seus filhos e ter uma verdadeira independência cultural e religiosa em relação ao governo, vote em Bolsonaro.”

Eu votei em Bolsonaro, como milhões de evangélicos. Mas não votei nele para que seu governo fosse tomado de adeptos de um esotérico cujos filhos confusos vivem e pregam o islamismo e o esoterismo.

Os filhos muçulmanos de Carvalho e sua revisionismo louco da Inquisição não impediram que o Presidente Bolsonaro desse a ele um amplo poder de influência ideológica no MÈC nos próximos quatro anos. Dos Estados Unidos — de onde Carvalho não saiu nem para comparecer à posse de Bolsonaro —, o astrólogo indicou três nomes para o MEC, inclusive o ministro Ricardo Vélez. No discurso de posse, Vélez disse que sua gestão se inspirará em Carvalho, como se fosse novidade um olavete não fazer propaganda de Carvalho. Você pode ler mais sobre ele aqui: “Novo ministro da Educação: hostil ao socialismo e Trump, amistoso com Bolsonaro e Hillary.”

Não sem razão, Olavo de Carvalho diz que a esquerda exerce o controle do ensino brasileiro. Mas agora ele quer, com a cumplicidade de Bolsonaro e seus filhos, substituir esse controle ideológico por seu próprio controle ideológico, que foi tão desastroso na vida de seus próprios filhos, que se tornaram muçulmanos e astrólogos. É o Brasil trocando um buraco de doutrinação ideológica por outro buraco de doutrinação ideológica.

Coincidência ou não, Trump enfrentou o mesmo desafio que Bolsonaro está enfrentando. Havia um oportunista que queria encher o governo americano com oportunistas. Mas Trump acabou enxotando-o da Casa Branca. O nome do oportunista é Steve Bannon, adepto do bruxo islâmico René Guénon, o mesmo bruxo seguido e recomendado por Carvalho.

Coincidência ou não, Eduardo Bolsonaro vem se encontrando tanto com Bannon quanto com Carvalho. Se a família Bolsonaro imitasse Trump, evitaria os oportunistas, em vez de promovê-los, principalmente às custas dos evangélicos que elegeram Bolsonaro. Se até Trump conseguiu enxotar o adepto americano de Guénon, por que é que Bolsonaro prefere idolatrar o adepto brasileiro de Guénon?

Por vontade de socialistas, o oportunista Paulo Freire se tornou ídolo na educação brasileira. Agora, por vontade da família Bolsonaro, o astrólogo oportunista, que é o maior adepto e propagandista brasileiro de Guénon, se tornou ídolo na educação brasileira.

Havia um ídolo no governo de Nabucodonosor, e todos os ministros se prostravam a ele, mas Sadraque, Mesaque e Abednego não se prostraram, porque eles amavam mais a Deus do que os ídolos dos homens. Sadraque, Mesaque e Abednego jamais se prostrariam a nenhum ídolo do governo Lula ou do governo Bolsonaro.

Se a doutrinação ideológica de Carvalho trouxe confusão para seus próprios filhos, que se tornaram muçulmanos e astrólogos, poderia gerar miraculosamente conservadorismo através do MEC? O próprio Carvalho, que fala mais que a boca, disse:

“Já decidi: quem quer veja na política conservadora a finalidade e essência dos meus escritos é uma besta quadrada, um filho da puta e um bosta em toda a linha.”

Não fique surpreso, pois, se o MEC sob controle de olavetes que estão sob controle de Carvalho promover um suposto “conservadorismo” que no final gerará confusão para milhões de crianças. Esse “conservadorismo” não está centrado em Jesus Cristo e no Evangelho, mas num homem extremamente confuso e contraditório que tem uma boca que fede mais que latrina.

Numa coisa Laubach estava absolutamente certo: As pessoas precisam aprender a ler e escrever para conhecerem melhor a Bíblia e seu Autor. Só assim elas conseguirão se ver livres de doutrinações, analfabetismos e idolatrias ideológicas — de qualquer fonte e abismo de onde venham.

Com informações do jornal El País.

Fonte: www.juliosevero.com

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