Greg Laurie nos garantiu que o pastor Jarrid Wilson, que cometeu suicídio, foi diretamente para o céu. Por sua vez, Wilson havia nos garantido que o terrorista comunista Nelson Mandela era um bom exemplo

Julio Severo

Jarrid Wilson, que cometeu suicídio em 9 de setembro de 2019, depois de oficiar o funeral de uma mulher que também se matou, era pastor na Comunidade Cristã da Colheita (Harvest Christian Fellowship), onde Greg Laurie é o pastor principal. Sua igreja é membro dos batistas sulistas dos EUA.

Jarrid Wilson, esposa e filhos

Laurie garantiu que Wilson “está no céu nos braços de Jesus.”

Em 23 de setembro, o pastor brasileiro Lisandro Canes também cometeu suicídio, depois de se queixar de “esgotamento e cansaço” e compartilhar a notícia sobre o suicídio de Wilson. Um mau exemplo, glamourizado por outros, levou a más consequências.

O raciocínio por trás desses suicídios parece muito simples: o céu é bom e se o suicídio, agora glamourizado por pastores famosos, é um atalho para o céu, então vamos nos matar se Deus se recusar a nos levar para o céu cedo.

Em vez de imitar na Bíblia os homens de Deus que, por meio de Cristo, derrotaram a depressão e o suicídio, hoje os líderes exaltam os homens derrotados pela depressão e pelo suicídio.

No caso de Wilson, Laurie garantiu que ele sofria de problemas de saúde mental.

Não tenho dúvidas de que Wilson sofria de problemas de saúde mental. Em seu artigo intitulado “As 10 Principais Citações de Nelson Mandela” publicado em 2013, Wilson escreveu: “Em sua homenagem, aqui está uma lista das 10 principais citações de Nelson Mandela.” Se você publica uma citação de algum homem, é porque você o admira. Mas se você publica um artigo com 10 citações, é uma sólida admiração.

Ronald Reagan, um presidente evangélico pró-vida, merecia ter 10 citações ou mais de pastores americanos.

Mas será que Mandela merecia uma admiração tão sólida dos cristãos, especialmente de pastores?

Mandela e seu Congresso Nacional Africano estavam prestes a transformar a África do Sul em um país comunista e marxista violento, no modelo soviético ou cubano, “quando foram comprados pelo Partido Democrata (socialista) dos EUA e por grandes empresas multinacionais que encheram os novos governantes negros de riqueza e poder e, acima de tudo, de cobertura favorável da mídia internacional,” de acordo com Rodney Atkinson. Eles foram comprados pela esquerda ocidental. O resultado? Eles se tornaram uma nação socialista violenta no modelo ocidental.

Sob o feitiço desse modelo socialista, a África do Sul tem implementado a decadência moral como nenhuma outra nação africana. Para Atkinson, Mandela tem um legado assassino. Em 1996, Mandela endossou uma das leis de aborto mais liberais do mundo.

No mesmo ano, a nova constituição de Mandela tornou, de acordo com LifeSiteNews, a África do Sul o primeiro país do mundo a colocar a “orientação sexual” ao lado de raça e religião como uma base restrita de discriminação — algo que foi fundamental para a legalização do “casamento” homossexual uma década depois.

Contudo, Jarrid Wilson não viu nenhum problema em Mandela, em seu violento histórico comunista e em seu violento legado. A África do Sul agora é campeã de estupros e assassinatos.

Se problemas de saúde mental impedem um doente mental de ver um comunista como ele é, então Wilson realmente sofria problemas de saúde mental.

O Dr. Lyle Rossiter, psiquiatra e autor do aclamado livro “A Mente Esquerdista: As Causas Psicológicas da Loucura Política,” explica que apenas uma mente doente faz as pessoas apoiarem líderes comunistas. Se Wilson não tivesse se matado, ele deveria ler o livro de Rossiter.

Embora Wilson não tenha apontado dedos acusadores contra Mandela, que era metodista nominal (tal qual é a Hillary Clinton pró-aborto), ele apontou muitos dedos acusadores contra os cristãos americanos por sua alegada falta de amor e compaixão pelos pecadores, especialmente homossexuais. No entanto, quem disse que as atividades, histórico e legado comunistas de Mandela representavam verdadeiramente o amor de Cristo?

Em seu artigo intitulado “Por que ‘odiar o pecado, não o pecador’ não está funcionando” publicado em 2014, Wilson disse:

“A ideologia de ‘odiar o pecado, não o pecador’ NÃO se converteu bem na cultura de hoje. Se você tomar um momento para olhar em volta, perceberá que somos muito bons em demonstrar ódio às pessoas que Deus nos chamou para amar.”

Então, ele usou sua própria filosofia para condenar a igreja e amar Mandela.

Em seu artigo intitulado “Os cristãos estão falhando em demonstrar amor à comunidade LGBT” publicado em 2015, Wilson disse:

“Dói-me o coração ver quantos pastores e líderes estão lidando indevidamente com o debate LGBT, e acredito que voltar ao coração da compaixão é o que mais precisamos. Há tantas pessoas que estão lidando com esse debate corretamente, e eu gostaria que mais pessoas seguissem esse exemplo em nome de Jesus. Independentemente do lado do debate em que você se encontra, seu mandamento de amar as pessoas e compartilhar a verdade de maneira amorosa permanece o mesmo. Ame muito bem.”

Cristãos progressistas sempre focam no amor. E eles simplesmente adoram Mandela.

Em seu artigo intitulado “Gays, Hetéros ou Purpurinas” publicado em 2013 — no mesmo ano em que ele elogiou Mandela —, Wilson disse:

“Conheço um punhado de pessoas que são gays, frequentam a igreja e mostram a presença do amor de Jesus mais do que a maioria dos cristãos que se autoproclama ‘heterossexual’.”

Os cristãos progressistas adoram o socialismo, socialistas e distorcem a palavra “amor” por amor à sua religião progressista.

Eu me pergunto o que Jarrid pensava das duas testemunhas em Apocalipse 11. Certamente, elas não pregaram uma mensagem de amor. A mensagem delas era profética. A Bíblia diz que quando essas duas testemunhas foram mortas “Os habitantes da terra se alegrarão por causa deles e festejarão, enviando presentes uns aos outros, pois esses dois profetas haviam atormentado os que habitam na terra.” (Apocalipse 11:10 NVI)

Dói-me o coração ver pastores usando Mandela e outros comunistas como bons exemplos.

Você sabe o que mais machuca meu coração e o coração de Deus? Ver um pastor dando lição de moral na igreja sobre o amor e se matar deixando seus filhos pequenos completamente abandonados quando a Palavra de Deus diz:

“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” (1 Timóteo 5:8 NVI)

Você sabe o que mais machuca meu coração e o coração de Deus? Jarrid Wilson não estava preparado para ser pastor na Comunidade Cristã da Colheita. Mesmo assim, ele foi ordenado para liderar nesta mega-igreja.

Você sabe o que mais machuca meu coração e o coração de Deus? Que Wilson tratou a igreja com dureza excessiva e Mandela com amor excessivo, quando Mandela era o representante perfeito de uma igreja podre.

Você sabe o que mais machuca meu coração e o coração de Deus? Que Greg Laurie foi suave com o suicídio de Wilson e sua irresponsabilidade para com seus filhos pequenos. Que Laurie tenha usado seu suicídio para incentivar os evangélicos a tratar pessoas com pensamentos suicidas como pessoas com problemas de saúde mental, sem culpa por suas más decisões contra si e suas famílias inocentes.

A má notícia é que essa postura suave em relação ao suicídio não tem nada a ver com o Evangelho, que nada tem a ver com demônios que sussurram pensamentos suicidas na cabeça das pessoas. Isso tem a ver com o socialismo, que não quer ninguém sendo responsabilizado por suas próprias ações ruins.

Então, o criminoso estuprou crianças porque ele tem problemas de saúde mental. É o que diz o argumento socialista. Ou o criminoso roubou e matou porque a sociedade o levou a fazer essas coisas horríveis, de acordo com o socialismo.

Na ideologia socialista, ninguém assume a responsabilidade por suas próprias ações. O criminoso roubou, estuprou e matou por causa da sociedade. E agora o pastor se mata e abandona de forma irresponsável seus filhos pequenos por causa de “doença mental”?

O evangelho socializado segue o mesmo padrão, fazendo com que os pastores que escolheram cometer suicídio e abandonar seus filhos pequenos não sejam responsáveis por suas más decisões e irresponsabilidade.

Você não pode esquecer que Jarrid Wilson era campeão da campanha para convencer a comunidade evangélica de que pensamentos suicidas deveriam ser considerados apenas um problema médico. Então ele vivia constantemente sob tratamento médico e recomendando esse tratamento a outras pessoas. Ele vivia sob antidepressivos e outras drogas farmacêuticas. De qualquer forma, seu exemplo mostra claramente a inutilidade da psicologia e da psiquiatria em tratar como uma questão médica sussurros demoníacos de suicídio na cabeça de um pastor. O que aconteceu com o ministério de libertação?

Por que tanta dependência da psicologia e da psiquiatria para questões da alma que Deus resolve há séculos? Entendo por que os antidepressivos que Jarrid usou não o ajudaram. Uma manchete do jornal britânico Telegraph disse: “O antidepressivo mais comum mal ajuda a melhorar os sintomas da depressão, revela um estudo ‘chocante’.” Eu simplesmente não entendo como, sendo pastor, Jarrid não deixou Deus cuidar dele.

É lamentável que ele tenha visto psicólogos e psiquiatras como respostas para problemas não impossíveis de serem resolvidos pelo Espírito Santo. Aliás, psicólogos e psiquiatras podem oferecer os medicamentos “perfeitos” para tudo. Uma manchete do jornal britânico DailyMail disse: “As vítimas de Jeffrey Epstein afirmam que ele pagou médicos e psiquiatras para prescrever Xanax e lítio para medicar suas ‘escravas sexuais’ enquanto estavam sendo traficadas.” Epstein era o bilionário pedófilo que espreitava e estuprava meninas adolescentes. Em seguida, ele encaminhava suas vítimas a psicólogos e psiquiatras para ajudá-las a lidar com os abusos sexuais que ele infligia às meninas pobres.

Não me acuse de julgar as posturas de Jarrid, porque ele constantemente julgava a igreja, acusando eternamente que a igreja não tinha amor e compaixão. Se a igreja não tinha amor, o que o Mandela protestante comunista tinha? Apenas amor pelo socialismo.

Sinto muito pelos filhos pequenos inocentes de Jarrid, os quais ele escolheu abandonar. E estou indignado com os pastores que estão desculpando sua irresponsabilidade para com seus filhos.

Você não tem culpa se os demônios sussurrarem assassinato, aborto, adultério, homossexualidade e suicídio em sua cabeça. Mas você é culpado se implementar as ordens dos demônios.

Eu me pergunto o que Jarrid, que adorava Mandela, pensava sobre a prometida unção de Elias nos últimos dias, nossos dias. O ministério de Elias não era sobre amor, mas condenar profeticamente os males deste mundo. Os cristãos com essa unção hoje não condenariam os cristãos que usam Mandela como um bom exemplo?

Infelizmente, Greg Laurie usou Elias e outros personagens bíblicos como pessoas com problemas de saúde mental para justificar o suicídio de Jarrid. Embora em algum momento, por causa de extrema perseguição, eles pensassem em deixar este mundo, nenhum deles contemplou a ideia de se matar. Então eles são um bom exemplo contra o suicídio.

O único exemplo adequado aos que se mataram foi Judas, que cometeu suicídio por remorso.

Apesar disso, Greg Laurie está reforçando a má idéia de que o suicídio de Jarrid é um exemplo de que os pastores devem procurar tratamento psicológico e psiquiátrico, assim como Jarrid, para lidar com ataques demoníacos. O que aconteceu com a igreja que foi originalmente empoderada para expulsar todo tipo de demônio?

Se eu publicasse dez citações do comunista Nelson Mandela, eu estaria mostrando ao mundo e a Deus como sou um cristão carnal. Qual é o problema de um cristão carnal usando antidepressivos, psicólogos, psiquiatras, admirando o comunista Mandela e, no final, se matando?

O suicídio no meio do povo de Deus na Bíblia não era normal. Era um sinal claro de carnalidade e rebelião contra Deus. Judas é apenas um exemplo famoso. Por que o suicídio deveria ser hoje normal quando há a promessa certa do Consolador para aqueles que acreditam em Cristo? Como pode um pastor que diz que o Consolador vive nele dar ouvidos a demônios que sussurram pensamentos suicidas em sua cabeça?

Aqueles que substituem o Consolador e seus poderosos recursos espirituais por psicólogos, psiquiatras e suas drogas farmacêuticas inúteis terão muita dificuldade em lidar com demônios de suicídio. Sem mencionar que é impossível seguir o Espírito Santo e adorar o Mandela comunista ao mesmo tempo. Deveria ser surpresa se um pastor que admira um terrorista comunista tem pensamentos suicidas?

Qualquer cristão que comprometa o verdadeiro Evangelho por amor a socialistas e homossexualistas tem problemas mentais e espirituais.

Entretanto, no caso de Jarrid Wilson, que foi colocado na equipe pastoral da mega-igreja Comunidade Cristã da Colheita, ele denunciou em muitos artigos que a igreja não tinha amor. Mas suas palavras não condiziam com suas ações. Ele abandonou duas crianças inocentes. Ele não teve amor por seus filhos e esposa.

Quando um homem abandona seus filhos pequenos, você o chama de homem covarde, egoísta, irresponsável e até criminoso. Por que deveria ser diferente em relação a um pastor que abandona seus filhos pequenos por meio do suicídio? Greg Laurie foi extremamente irresponsável por colocar um homem assim em sua equipe pastoral, sabendo muito bem que ele tinha um histórico de depressão e pensamentos suicidas. Jarrid nunca deveria ter tido um cargo pastoral ou qualquer outro cargo em qualquer igreja. Espero que a denominação de Greg possa lhe aplicar alguma disciplina por sua irresponsabilidade.

Versão em inglês deste artigo: Greg Laurie assured us that Pastor Jarrid Wilson, who committed suicide, went directly to Heaven. By his turn, Wilson had assured us that the communist terrorist Nelson Mandela was a good example

Fonte: www.juliosevero.com

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Para justificar o suicídio de um pastor na Comunidade Cristã Harvest, Greg Laurie usa o profeta Elias como exemplo. Mas dá para se usar Elias como exemplo para pessoas com depressão e pensamentos de suicídio?

Julio Severo

“Podemos nos orgulhar de saber que nosso irmão, nosso amigo, pastor Jarrid Wilson, está no céu nos braços de Jesus,” declarou Greg Laurie, pastor sênior da Comunidade Cristã Harvest (Harvest Christian Fellowship), em uma pregação em 15 de setembro de 2019, em relação a Wilson, que cometeu suicídio em 9 de setembro de 2019, depois de oficializar o funeral de uma mulher que também se matou.

Greg Laurie

Greg prestou um sincero tributo a Wilson, observando que ele era “positivo, vibrante e sempre servindo e ajudando os outros.”

Greg levantou alguns pontos positivos, inclusive “Um momento sombrio na vida de um cristão não consegue desfazer o que Cristo fez por nós na cruz.” Esse é um ponto excelente. Mas isso também se aplicaria se Wilson tivesse cometido qualquer outro pecado, inclusive assassinato de sua esposa ou abuso sexual contra uma criança? Ele seria salvo?

Não tenho resposta, mas Greg parece ter todas as respostas no caso de suicídio: pastores que se matam sobem diretamente para o céu.

Um ponto não tão agradável é o seguinte: Não é covardia um homem abandonar, por suicídio ou não, duas inocentes crianças pequenas? Jarrid Wilson, que tinha 30 anos, tinha dois filhos pequenos. Não dava para ele pensar em suas responsabilidades como pai?

Jarrid Wilson, esposa e filhos

Outro ponto não muito agradável é que em seu tributo a Jarrid Greg confessou: “Ele também lidou com uma depressão muito profunda. Na verdade, era um problema desde a infância e ele estava sob os cuidados de um médico.”

Se Greg sabia que Jarrid tinha “depressão muito profunda,” por que ele o colocou em sua equipe pastoral? Jarrid liderava o ministério de jovens adultos na Comunidade Cristã Harvest. Eu me pergunto o que esses jovens adultos estão pensando agora.

Jarrid não era o culpado por ter responsabilidades pastorais em tal mega-igreja. Quem o ordenou, conhecendo seu histórico claro de “depressão muito profunda” e pensamentos suicidas, é responsável perante Deus.

Curiosamente, a pregação de Greg em tributo a Jarrid foi intitulada “A esperança recebe a última palavra!” Mas essa é uma contradição. Pessoas que se matam perderam toda a esperança, inclusive em Deus.

Não podemos ser juízes para dizer que todas as pessoas que cometem suicídio vão para o inferno ou que vão automaticamente para o céu se forem pastoras, como fortemente sugerido por Greg.

A pregação de Greg, em meio a um abundante tributo encorajador a Jarrid, encontrou um lugar para dizer: “O suicídio é a escolha errada.” Ele acrescentou: “Se você está tendo pensamentos suicidas, você precisa de ajuda profissional.”

Mas Jarrid não procurou ajuda profissional — psicólogos e psiquiatras — durante toda a sua vida? Desde a infância, ele teve tal ajuda profissional. Isso o ajudou?

Mesmo assim, ele fundou Anthem of Hope (Hino de Esperança), uma organização que oferece ajuda profissional a pessoas com problemas de saúde mental — depressão e pensamentos suicidas.

Assim, mesmo depois de seguir as instruções exatas que Greg deu — buscar ajuda profissional por décadas —, Jarrid ignorou todo o seu testemunho “positivo, vibrante, sempre servindo e ajudando os outros,” principalmente ignorando a total fragilidade e estado indefeso de seus filhos pequenos, e, contra toda esperança, escolheu o suicídio. Isso é altruísmo? “Procurar ajuda profissional” funciona? Não funcionou nem um pouco para Jarrid.

O tributo de Greg a Jarrid justificou sua condição e suicídio, apontando que várias figuras bíblicas importantes sofriam de problemas debilitantes de depressão e saúde mental. “Jó desejou nunca ter nascido. Jeremias, pelo menos em uma ocasião, queria morrer. Jonas também queria morrer,” disse Greg.

Mas nenhum deles cometeu suicídio. Na Palavra de Deus todos os casos de suicídio envolviam pessoas em rebelião contra Deus. Judas é só um dos exemplos.

Greg também usou o profeta Elias como um exemplo de depressão profunda. “Elias era um grande profeta de Deus, mas ele enfrentou uma depressão grave e chegou ao ponto em que queria morrer,” disse ele.

Mas Elias queria se matar? O caso dele envolvia pensamentos suicidas?

“Com certeza Elias, se passasse por um médico e ou psicólogo, sairia com um encaminhamento para internamento, e seria considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio,” disse Marisa Lobo, que se identifica como psicóloga cristã.

Concordo sobre psicólogos vendo necessidade para internar Elias num hospital psiquiátrico. Bastaria que Elias dissesse aos psicólogos e psiquiatras que ele ouviu a voz de Deus e viu anjos e pronto: Eles o colocariam numa camisa-de-força e injetariam suas drogas psiquiátricas nele.

Marisa usa Elias em suas palestras sobre pessoas que querem se matar. Pessoas suicidas ouvem vozes para se matar. Elias realmente ouviu uma voz, mas essa voz não o orientou a se matar. Os psicólogos cristãos iriam defender um internamento psiquiátrico para curar Elias de ouvir a voz de Deus? Eles também acham que tratamento psiquiátrico “cura” pessoas de ouvirem vozes de demônios orientando-as a se matar?

Se Jesus e os apóstolos soubessem que internamento e drogas psiquiátricas “curam” as pessoas de ouvir vozes demoníacas eles jamais expulsariam demônios. Eles viajariam no tempo e perguntariam para os psicólogos cristãos de hoje como se formar em psicologia para lidar com as multidões de pessoas com opressão demoníaca — ops, problemas psiquiátricos.

No entanto, a psicologia moderna não recomendaria um internamento só para Elias. Os psicólogos cristãos poderiam também se tornar vítimas de sua própria profissão: Bastaria que eles dissessem que o homossexualismo é pecado, abominação e perversão, conforme diz a Bíblia, e eles seriam diagnosticados como loucos em necessidade de internamento.

Quem foi que disse que a psicologia é consenso entre os cristãos?

A Enciclopédia Popular de Apologética (publicada pela prestigiosa editora evangélica americana Harvest House Publishers), de Ed Hindson, diz:

Existem mais de 300 modelos de aconselhamento hoje. Nessa mistura de teorias psicológicas, há muitas opiniões seculares de aconselhamento que discordam veementemente umas das outras. Devemos lembrar que Freud, Jung, Skinner e Rogers tinham sérias diferenças filosóficas.

Um fato que não podemos ignorar sobre os esforços para integrar a psicologia e a fé é que a psicologia foi fundada no humanismo secular. Isso pode parecer simplista, mas é verdade. Toda a psicologia, seja ela rotulada de primitiva ou moderna, secular ou religiosa, foi fundada no humanismo secular e embelezada pelas filosofias do homem. O cerne de toda psicologia está enraizado no que o homem pensa e acredita sobre a vida humana sem a eterna Palavra de Deus. A psicologia pode usar alguns princípios bíblicos em suas teorias, mas em grande parte as teorias da psicologia são filosoficamente determinadas pelos padrões humanos.

A psicologia e a teologia nunca foram parceiros que ficam juntos à vontade. Suas pressuposições filosóficas básicas são quase diametralmente opostas entre si. Ambas presumem tratar da condição humana fundamental e sugerir curas para os conflitos internos da pessoa.

Já que Greg Laurie acha tão importante que pessoas deprimidas busquem assistência psicológica profissional que trata a depressão ou angústia da alma como doença mental, vejamos o que a literatura especializada secular tem a dizer. Em seu artigo “Estudo: Diagnósticos Psiquiátricos São ‘Cientificamente Sem Sentido’ no Tratamento da Saúde Mental” publicado em 9 de julho de 2019 no site Study Finds (Descobertas de Estudos), John Anderer escreveu:

Um estudo recente conduzido na Universidade de Liverpool causou surpresa ao concluir que os diagnósticos psiquiátricos são “cientificamente insignificantes” e inúteis como ferramentas para identificar e tratar com precisão o sofrimento mental em nível individual.

De acordo com os autores do estudo, o sistema de diagnóstico tradicional usado hoje pressupõe erroneamente que todo e qualquer sofrimento mental é causado por um distúrbio e depende demais de ideias subjetivas sobre o que é considerado “normal.”

“Talvez seja a hora de pararmos de fingir que rótulos com aparência médica contribuem com alguma coisa para nossa compreensão das complexas causas do sofrimento humano ou de que tipo de ajuda precisamos quando estamos angustiados,” comentou o professor John Read.

O estudo foi publicado na revista científica Psychiatry Research (Pesquisa Psiquiátrica).

Esse estudo foi também divulgado pelo portal conservador americano WorldNetDaily.

Vamos agora entender o contexto da “depressão de Elias,” tão usada por pastores e psicólogos cristãos quando falam de pastores que se matam.

Enquanto nós cristãos pró-vida confrontamos hoje a cultura do aborto (assassinato de bebês) e homossexualidade, nos esquecemos muitas vezes de que na Bíblia homens de Deus também enfrentaram cultura semelhante.

O deus Baal, cujos sacerdotes eram homossexuais e praticavam homossexualidade “sagrada,” exigia sacrifício de bebês recém-nascidos.

O exemplo mais notável de enfrentamento profético ao deus Baal vem do profeta Elias.

Depois de Elias confrontar e vencer 450 profetas de Baal numa disputa, a Bíblia diz:

“Então Elias lhes ordenou: ‘Prendei agora mesmo todos os profetas de Baal! Que nenhum deles escape!’ E o povo os prenderam. Elias fê-los descer para próximo do riacho de Quisom e lá os degolou a todos.” (1 Reis 18:40 KJA)

Degolar é cortar a cabeça. Cortar a cabeça, com as próprias mãos, de 450 homens foi uma tarefa imensamente trabalhosa cansativa. Eu ficaria cansadíssimo de degolar apenas 50 profetas de Baal. Mas Elias fez isso com quase 500.

Depois desse trabalho cansativo, a Bíblia diz:

“Diante disso, Jezabel mandou um mensageiro a Elias com o seguinte recado: ‘Que os deuses me façam sofrer as piores desgraças, se até amanhã a esta hora eu não fizer com a tua vida o que fizeste com os profetas!’” (1 Reis 19:2 KJA)

Jezabel, esposa do rei Acabe, era a rainha. Se ela disse que queria Elias morto, então o país inteiro estaria caçando Elias para ela degolá-lo.

Cansado e desanimado com tal perseguição violenta, Elias fugiu. A Bíblia relata:

“Quanto a ele, fez pelo deserto a caminhada de um dia e foi sentar-se debaixo de um pé de giesta, uma espécie de arbusto, e ali orou pedindo para si a morte, dizendo: ‘Agora basta, ó Yahweh! Retira-me a vida, pois não sou melhor que meus pais!’” (1 Reis 19:4 KJA)

De tanta perseguição, Elias queria que Deus o levasse. Se fosse para se matar, ele nem precisaria pedir nada. Bastava-lhe pegar uma arma e usar. Mas a ideia dele nunca foi se matar.

Elias era um homem que costumava clamar a Deus incessantemente. E Deus sempre ouve homens de oração. Ele sempre age sobrenaturalmente em resposta a homens de oração.

É nesse ponto que, na Bíblia, Deus simplifica tudo trazendo um anjo. Só para começar. Depois, Elias foi parar numa caverna onde ele ouviu a própria voz de Deus. Apesar de que essa resposta tão simples está na Bíblia há séculos e milênios, os seres humanos estão aí para complicar tudo. Como sempre.

Psicólogos cristãos sempre conseguem enfiar o caso de Elias no meio de seu assunto sobre pessoas depressivas que querem se matar.

Eles sempre chamam Elias de “depressivo.” Marisa Lobo comparou a caverna onde Elias estava a um hospital psiquiátrico, onde o paciente recebe comida e medicamentos.

A comparação de Marisa está longe do sentido bíblico, pois Elias não recebeu nenhum medicamento e a caverna estava longe de ser hospital. Aliás, se uma pessoa depressiva de hoje fosse parar numa caverna sem água e luz, ficaria ainda mais depressiva.

Marisa errou ao rotular Elias de depressivo, como se de tempos em tempos ele ficasse em estado de depressão. Absolutamente nada na Bíblia indica que Elias tinha crises regulares de depressão.

Se um episódio isolado de angústia da alma causada por grande perseguição política transforma, no olhar de psicólogos cristãos, Elias em “depressivo,” então todo mundo na Bíblia era depressivo. Nessa definição “clínica,” qual é o cristão que escapa de ser rotulado de “depressivo”?

Na verdade, Elias não era depressivo. Ele sofreu uma grande perseguição, como todos os grandes homens de Deus sofrem, e ficou com angústia da alma naquele momento específico. Rotular Elias como depressivo apenas para enfeitar uma palestra psicológica sobre suicídio ou numa pregação de tributo para um pastor que se matou é manter Elias num estado permanente ou quase permanente de depressão. Esse nunca foi o caso de Elias. A Bíblia simplesmente não dá margem para esse tipo de interpretação.

Quanto a dizer, mesmo em comparação, que a caverna seria um hospital psiquiátrico com medicamentos para pacientes de depressão, a complicação só fica mais complicada.

O site científico BMJ, em seu artigo “Antidepressivos aumentam o risco de suicídio, violência e homicídio em todas as idades,” informa que os medicamentos antidepressivos:

são muito perigosos; caso contrário, o monitoramento diário não seria necessário: “As famílias e os cuidadores dos pacientes devem ser aconselhados a ficar de olho no aparecimento de tais sintomas diariamente, já que as mudanças podem ser abruptas”… “Todos os pacientes em tratamento com antidepressivos por qualquer indicação devem ser monitorados apropriadamente e observados de perto quanto à piora clínica, tendências suicidas e mudanças incomuns no comportamento, especialmente durante os meses iniciais de um ciclo de terapia medicamentosa, ou em momentos de mudança de dose, aumentos ou diminuições. Os seguintes sintomas, ansiedade, agitação, ataques de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, acatisia (agitação psicomotora), hipomania e mania, foram relatados em pacientes adultos e pediátricos em tratamento com antidepressivos.”

O BMJ acrescentou:

Tal monitoramento diário é, no entanto, uma solução falsa. As pessoas não podem ser monitoradas a cada minuto e muitos cometem suicídio ou homicídio… poucas horas depois que todos pensaram que estavam perfeitamente bem.

O BMJ também diz:

Já não se pode duvidar de que os antidepressivos são perigosos e podem causar suicídio e homicídio em qualquer idade (5-7). É absurdo usar drogas para depressão que aumentam o risco de suicídio e homicídio…

Em reportagem recente no jornal britânico Daily Mail sobre drogas antidepressivas, o Dr. Michael Hengartner, da Universidade de Zurique, na Suíça, disse: “Podemos declarar com certeza que essas drogas estão produzindo uma taxa excessiva de suicídios, além da própria depressão.”

Se em vez de receber a visita do anjo e ouvir a voz de Deus, Elias tivesse recebido algumas pílulas contra depressão, ele poderia realmente ter se matado ou ter matado alguém, ainda mais estando numa caverna melancólica!

A caverna só não aumentou a angústia da alma de Elias porque ele já estava recebendo visitações de Deus, com anjos e a voz sobrenatural do alto.

Contudo, tente imaginar a cena se, como querem psicólogas cristãos, Elias tivesse sido internado num hospital psiquiátrico. Bastaria que ele falasse que viu um anjo e ouviu Deus falando e os psiquiatras recomendariam injeções de suas drogas psiquiátricas — sem mencionar uma camisa de força. Um hospital psiquiátrico deixaria Elias doente de corpo e alma. Seria a pior desgraça da vida dele. Internado em tal lugar é que ele pediria para Deus levá-lo logo.

Sou totalmente a favor de psicólogos cristãos que levam a Bíblia para dentro de seus consultórios e usam a psicologia apenas como enfeite da mensagem bíblica essencial. Mas levar a psicologia e seus truques para dentro das igrejas e usar a Bíblia como enfeite da psicologia gera aberrações como transformar a caverna de Elias em hospital psiquiátrico com antidepressivos que, em vez de ajudar, carregam o risco de levar os pacientes a se matar ou a praticar violências, inclusive assassinatos.

Em conclusão, o que todas essas informações bíblicas e científicas nos mostram?

* Elias não vivia numa condição de crises depressivas frequentes, mas sentiu depressão num momento específico de sua vida por causa da ameaça de morte de uma grande autoridade governamental.

* Pílulas contra depressão, que podem causar suicídio, violência e assassinato, não podem ser colocadas no mesmo nível de importância da visitação de anjos e a voz de Deus.

* A caverna inóspita sem luz e água de Elias não era um hospital psiquiátrico para curar pacientes depressivos, que ficariam ainda mais depressivos em tal ambiente melancólico.

Eu realmente duvido que uma palestra de psicologia dentro da igreja usando a Bíblia apenas como enfeite tenha um efeito positivo. Greg Laurie e Jarrid Wilson tratavam, em suas pregações, a depressão como problema médico de saúde mental. Eles sempre recomendaram encaminhar pessoas deprimidas para psicólogos e psiquiatras. E o que foi que aconteceu? Jarrid se matou, abandonando dois filhos pequenos.

Mesmo sendo solteiro, Elias nunca pensou em suicídio. No entanto, se ele tivesse filhos pequenos, ele não só não pensaria em suicídio, mas ele também nunca pediria para ser levado. Ele nunca deixaria seus filhinhos abandonados.

Elias não era diferente de Jarrid, de mim ou de Greg. A Bíblia diz:

“Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e eficaz. Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e o céu enviou chuva, e a terra produziu os seus frutos.” (Tiago 5:16-18 NVI)

Se Elias venceu a depressão momentânea buscando a Deus, por que é que os cristãos de hoje precisam de abundante assistência psicológica que não funciona?

Se Elias repeliu pensamentos suicidas, por que pastores não conseguem fazer isso hoje?

Por que um pastor, que abandonou seus dois filhos pequenos, deve ser considerado um homem “positivo, vibrante e sempre servindo e ajudando os outros”? Ao se matar, ele não foi positivo, vibrante e não ajudou seus filhos pequenos.

E ao colocar Jarrid com seu histórico de depressão severa e pensamentos suicidas em sua equipe pastoral para liderar o ministério de jovens adultos, Greg Laurie não ajudou Jarrid e mais ninguém.

Com informações da Rede de Televisão Cristã dos EUA e Comunidade Cristã Harvest.

Versão em inglês deste artigo: To Justify the Suicide of a Pastor at Harvest Christian Fellowship, Greg Laurie Uses Prophet Elijah as an Example. But Can Elijah Be Used as an Example for People with Depression and Suicide Thoughts?

Fonte: www.juliosevero.com

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Elias: provisão estranha numa missão profética na esfera política

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Pastor de mega-igreja que tratava a depressão como um problema de saúde mental se mata aos 30 anos depois de oficiar o funeral de uma mulher que também se matou

Julio Severo

Um pastor popular conhecido por sua campanha nas igrejas cristãs que tratava depressão e pensamentos suicidas como problemas de saúde mental se matou.

Jarrid Wilson, um dos pastores da mega-igreja Harvest Christian Fellowship em Riverside, Califórnia, EUA, se matou. Ele tinha 30 anos.

Wilson, pai de dois filhos, havia oficiado no funeral de uma mulher que havia tirado a própria vida pouco antes do próprio suicídio dele.

Ele foi o fundador de uma organização evangélica chamada Anthem of Hope (Hino de Esperança), que oferece assistência psicológica profissional para ajudar pessoas que lidam com depressão e pensamentos suicidas.

O suicídio de Wilson ocorreu durante a Semana Nacional de Prevenção ao Suicídio nos EUA. Muitos de seus tuítes finais foram sobre tratamento de saúde mental, exortando seus seguidores a procurar psicólogos.

Em um post na segunda-feira, ele escreveu: “Amar Jesus nem sempre cura pensamentos suicidas. Amar a Jesus nem sempre cura a depressão. Amar a Jesus nem sempre cura transtornos de estresse pós-traumático. Amar Jesus nem sempre cura a ansiedade. Mas isso não significa que Jesus não nos oferece companhia e consolo. Ele sempre faz isso.”

Wilson descreveu abertamente seus próprios desafios de saúde mental em seu livro mais recente, “Love Is Oxygen: How God Can Give You Life And Change Your World” (O amor é oxigênio: como Deus pode lhe dar vida e mudar seu mundo).

Ele escreveu em seu blog no início do verão que havia lidado com “depressão profunda durante a maior parte da minha vida e contemplado o suicídio em várias ocasiões.”

Além de sua esposa, Wilson deixou seus dois filhos, Finch e Denham, sua mãe, pai e irmãos.

Todos os principais sites cristãos que fizeram a cobertura do suicídio dele louvaram o testemunho cristão dele sem, porém, condenar o suicídio.

A família de Jarrid merece toda compaixão. Mas o suicídio e a cultura, dentro e fora da igreja, que o favorece não merecem nenhuma compaixão.

Não estamos em posição de julgar o que aconteceu com Jarrid depois de seu suicídio, mas o excesso de empatia por ele e por outros cristãos que se mataram e o ambiente sem julgamento e positivo que não critica nem condena o ato de suicídio hoje são estranhos para a cultura da Bíblia, que não conhecia tal ambiente positivo para o suicídio. Aliás, na Palavra de Deus todos os casos de suicídio envolviam pessoas em rebelião contra Deus. Judas é só um dos exemplos.

Se na Bíblia houvesse o mesmo ambiente positivo e sem julgamento para o suicídio que vemos rastejando na igreja hoje, é seguro concluir que veríamos na Bíblia vários homens e mulheres de Deus tirando suas vidas. Mas não vemos isso.

Embora hoje haja uma tendência crescente para os cristãos procurarem assistência “psicológica profissional,” na Bíblia os homens e mulheres de Deus apenas buscavam o Senhor com todo o coração e recebiam respostas.

Portanto, enquanto hoje existe uma cultura, dentro e fora da igreja, que não desencoraja o suicídio ao discutir pessoas que se mataram, havia uma cultura de suicídio totalmente negativa na Bíblia que desencoraja as pessoas boas de se matarem.

Dizer que “Amar Jesus nem sempre cura pensamentos suicidas” é sem sentido, levando a duas conclusões inevitáveis: Jesus é incapaz de lidar com vozes demoníacas sussurrando na mente que suas vítimas devem tirar suas vidas ou que as vítimas não buscaram o Senhor como deveriam, porque se a assistência “psicológica profissional” é a única esperança, então as pessoas na Bíblia que não tinham acesso a essa “assistência” não tinham esperança alguma e deveriam ter tido uma maior taxa de suicídios. Mas eles não tinham tal taxa alta. Aliás, a Bíblia mostra claramente que o suicídio não tinha presença no meio do povo de Deus. Nossa geração cristã que busca mais assistência “psicológica profissional” do que busca a Deus tem, na verdade, essas taxas mais altas.

Não dá para a resposta verdadeira ser o fato de que eles tinham o Evangelho “Deus é a única ajuda,” enquanto hoje existe outro evangelho oferecendo assistência psicológica? O problema é que quando as pessoas oferecem o evangelho da assistência psicológica, mesmo elas não encontram as respostas que oferecem para outras pessoas.

Tal agora é a tragédia que os que recebem e os que prestam assistência psicológica dentro das igrejas acabam em suicídio.

Sei o que são depressão e pensamentos suicidas? Sim, eu sei, e os derrotei. Quando fui batizado no Espírito Santo décadas atrás, a depressão foi derrotada. Quando aprendi a usar a autoridade do nome de Jesus, todos os demônios que sussurravam pensamentos suicidas foram derrotados.

O que Deus diz na Bíblia para as pessoas em depressão?

“Invoca-me no dia do perigo! Eu te livrarei, e tu me darás glória.” (Salmo 50:15 KJA)

“Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra.” (Salmo 91:15 NVI)

A Bíblia ensina que os pastores cristãos são modelos para a congregação seguir. Então, se um pastor tem pensamentos suicidas regularmente, por que ele é mantido em seu cargo pastoral como um bom modelo antes de derrotar os demônios que sussurram pensamentos suicidas em sua cabeça?

Se Davi, que escreveu a maioria dos Salmos, prevaleceu sobre a angústia em sua alma — o que as pessoas chamam de depressão hoje — sem assistência de psicólogos e se multidões do povo de Deus na Bíblia derrotaram a depressão apenas buscando a Deus com todo o coração, por que é que os cristãos e pastores hoje não conseguem seguir o exemplo deles?

Por que é que os cristãos deveriam seguir os chamados especialistas cristãos em “saúde mental” se eles mesmos estão se matando?

Com informações do DailyMail.

Versão em inglês deste artigo: Megachurch pastor who treated depression as a mental health issue kills himself at age 30 after officiating at the funeral of a woman who had also killed herself

Fonte: www.juliosevero.com

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Marisa Lobo sugere que profeta Elias precisava de internamento em hospital psiquiátrico e acusa críticos cristãos de sua psicologia de “terroristas”

Julio Severo busca mobilizar os cristãos a orações diárias com “Prophetic Prayers” (Orações Proféticas)

Marisa Lobo sugere que profeta Elias precisava de internamento em hospital psiquiátrico e acusa críticos cristãos de sua psicologia de “terroristas”

Julio Severo

“Com certeza Elias, se passasse por um médico e ou psicólogo, sairia com um encaminhamento para internamento, e seria considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio,” disse Marisa Lobo, que se identifica como psicóloga cristã, num artigo recente no portal GospelMais.

Ela acrescentou:

“Ainda que digam que ele teve um episódio depressivo, não é verdade.”

“A caverna de Elias foi sim um hospital para ele e pode ser para qualquer um.”

“Podemos analogamente dizer que a caverna era um hospital? Claro que sim!”

O artigo dela no GospelMais parece ter sido uma reação ao meu artigo publicado um pouco antes intitulado “Depressão, suicídio e o profeta Elias.” Aliás, não existe outro alvo possível, pois meu artigo foi o único a lidar com a opinião “clínica” dela sobre Elias. No artigo, mostrei que não é certo colocar Elias como exemplo para casos de suicídio, pois ele nunca pensou em suicídio. Em resposta, Marisa reforçou sua ideia de que Elias seria encaminhado para internamento psiquiátrico e seria “considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio.”

Concordo com Marisa sobre psicólogos vendo necessidade para internar Elias num hospital psiquiátrico. Bastaria que Elias dissesse aos psicólogos e psiquiatras que ele ouviu a voz de Deus e viu anjos e pronto: Eles o colocariam numa camisa-de-força e injetariam suas drogas psiquiátricas nele.

Marisa usa Elias em suas palestras sobre pessoas que querem se matar. Pessoas suicidas ouvem vozes para se matar. Elias realmente ouviu uma voz, mas essa voz não o orientou a se matar. Marisa iria defender um internamento psiquiátrico para curar Elias de ouvir a voz de Deus? Ela também acha que tratamento psiquiátrico “cura” pessoas de ouvirem vozes de demônios orientando-as a se matar?

Se Jesus e os apóstolos soubessem que internamento e drogas psiquiátricas “curam” as pessoas de ouvir vozes demoníacas eles jamais expulsariam demônios. Eles viajariam no tempo e perguntariam para Marisa como se formar em psicologia para lidar com as multidões de pessoas com opressão demoníaca — ops, problemas psiquiátricos.

No entanto, a psicologia moderna não recomendaria um internamento só para Elias. Marisa poderia também se tornar vítima de sua própria profissão: Bastaria que ela dissesse que o homossexualismo é pecado, abominação e perversão, conforme diz a Bíblia, e a diagnosticariam como louca em necessidade de internamento.

No meu artigo, eu disse:

“Marisa errou ao rotular Elias de depressivo, como se de tempos em tempos ele ficasse em estado de depressão. Absolutamente nada na Bíblia indica que Elias tinha crises regulares de depressão. Se um episódio isolado de angústia da alma causada por grande perseguição política transforma, no olhar psicológico de Marisa, Elias em ‘depressivo,’ então todo mundo na Bíblia era depressivo. Nessa definição ‘clínica’ dela, qual é o cristão que escapa de ser rotulado de ‘depressivo’?”

A reposta de Marisa foi que “Ainda que digam que ele teve um episódio depressivo, não é verdade.” Isto é, ela reforçou sua percepção, alimentada por suas noções psicológicas subjetivas, de que Elias era um homem que vivia em depressão regular.

No meu artigo, eu disse:

“Elias não vivia numa condição de crises depressivas frequentes, mas sentiu depressão num momento específico de sua vida por causa da ameaça de morte de uma grande autoridade governamental.”

Eu também disse:

“A caverna inóspita sem luz e água de Elias não era um hospital psiquiátrico para curar pacientes depressivos, que ficariam ainda mais depressivos em tal ambiente melancólico.”

Mesmo assim, Marisa insistiu na sua noção subjetiva de que a caverna era uma espécie de hospital psiquiátrico.

Ela também usou o exemplo de Elias para defender que drogas psiquiátricas, cuja ação é questionável até pela literatura profissional secular, são tão importantes ou no mesmo nível da intervenção de Deus na vida de Elias.

Para tentar dissipar quaisquer dúvidas sobre suas credenciais, ela deixou claro no seu artigo que ela é teóloga e formada em teologia. Ora, então ela deveria saber que não se usa os critérios da psicologia, que é fundamentalmente humanista, para interpretar a Bíblia. Esses critérios tornam tanto a ela quanto Elias vulneráveis a internamento.

Seus longos estudos teológicos não lhe deram a capacidade de entender que a Bíblia está acima da psicologia e seus vários subjetivismos? Seus estudos teológicos também não lhe deram condições de discernir, durante os vários anos em que ela esteve envolvida com entidades do Rev. Moon, fundador da Igreja da Unificação, que o coreano herético se considerava um messias superior a Jesus Cristo?

O fascinante é que quando denunciei que cantores gospel estavam se unindo ao evento de uma das entidades do Rev. Moon, nenhum dos cantores me chamou de “terrorista.” Todos eles recuaram da má decisão. Só Marisa e o Bispo Manoel Ferreira lutaram contra minha denúncia.

Mas mesmo sendo “teóloga,” Marisa parece analisar tudo partir do pressuposto enganoso de que criticar a psicologia é parecido com criticar a Bíblia, como se a Bíblia e a psicologia estivessem no mesmo nível de importância. É um pressuposto enganoso porque não existe consenso entre os cristãos sobre uma suposta infalibilidade da psicologia.

A Enciclopédia Popular de Apologética (publicada pela prestigiosa editora evangélica americana Harvest House Publishers), de Ed Hindson, diz:

Existem mais de 300 modelos de aconselhamento hoje. Nessa mistura de teorias psicológicas, há muitas opiniões seculares de aconselhamento que discordam veementemente umas das outras. Devemos lembrar que Freud, Jung, Skinner e Rogers tinham sérias diferenças filosóficas.

Um fato que não podemos ignorar sobre os esforços para integrar a psicologia e a fé é que a psicologia foi fundada no humanismo secular. Isso pode parecer simplista, mas é verdade. Toda a psicologia, seja ela rotulada de primitiva ou moderna, secular ou religiosa, foi fundada no humanismo secular e embelezada pelas filosofias do homem. O cerne de toda psicologia está enraizado no que o homem pensa e acredita sobre a vida humana sem a eterna Palavra de Deus. A psicologia pode usar alguns princípios bíblicos em suas teorias, mas em grande parte as teorias da psicologia são filosoficamente determinadas pelos padrões humanos.

A psicologia e a teologia nunca foram parceiros que ficam juntos à vontade. Suas pressuposições filosóficas básicas são quase diametralmente opostas entre si. Ambas presumem tratar da condição humana fundamental e sugerir curas para os conflitos internos da pessoa.

A Editora Harvest House, que publica essa enciclopédia questionando a psicologia, é a mesma editora que publica alguns livros do Dr. James Dobson, inclusive seu famoso Manual de Conselho Familiar. Dobson é o mais conhecido psicólogo evangélico dos EUA. Harvest House não vê nenhuma incompatibilidade em publicar obras de psicólogos cristãos e enciclopédias que refutam a psicologia. Dobson não chamou sua própria editora de “terrorista” por questionar a psicologia.

Pessoas civilizadas e maduras recebem questionamentos e críticas civilizadas sem traumas e xingamentos.

Mas não é só a literatura cristã que coloca em dúvida a divindade ou quase divindade de teorias psicológicas. A literatura secular profissional também levanta dúvidas.

Já que Marisa acha tão importante, usando seus manuais de psicologia, enquadrar como doença mental toda angústia de alma na Bíblia, inclusive no caso de Elias, vejamos o que a literatura especializada secular tem a dizer. Em seu artigo “Estudo: Diagnósticos Psiquiátricos São ‘Cientificamente Sem Sentido’ no Tratamento da Saúde Mental” publicado em 9 de julho de 2019 no site Study Finds (Descobertas de Estudos), John Anderer escreveu:

Um estudo recente conduzido na Universidade de Liverpool causou surpresa ao concluir que os diagnósticos psiquiátricos são “cientificamente insignificantes” e inúteis como ferramentas para identificar e tratar com precisão o sofrimento mental em nível individual.

De acordo com os autores do estudo, o sistema de diagnóstico tradicional usado hoje pressupõe erroneamente que todo e qualquer sofrimento mental é causado por um distúrbio e depende demais de ideias subjetivas sobre o que é considerado “normal.”

“Talvez seja a hora de pararmos de fingir que rótulos com aparência médica contribuem com alguma coisa para nossa compreensão das complexas causas do sofrimento humano ou de que tipo de ajuda precisamos quando estamos angustiados,” comentou o professor John Read.

O estudo foi publicado na revista científica Psychiatry Research (Pesquisa Psiquiátrica).

Esse estudo foi também divulgado pelo portal conservador americano WorldNetDaily.

Embora meus questionamentos sobre a psicologização que Marisa fez do profeta Elias para defender internamento psiquiátrico e drogas psiquiátricas tenham sido feitos de forma educada e cristã, a reação dela foi dizer que se sentiu “ofendida” com os questionamentos. Tão “ofendida” que ela chamou o autor dos questionamentos de “anticristo.” A esse ataque, ela acrescentou comentários como supostos “abusos cometidos por ‘líderes blogueiros,’” “blogueiros terroristas cristãos,” “terrorismo espiritual” e vários outros adjetivos semelhantes — tudo porque me recusei a me prostrar diante do altar sagrado da psicologia.

Vamos então ao significado das palavras. De acordo com o Dicionário Oxford da Inglaterra, “terrorista” significa “uma pessoa que usa o terrorismo na busca de objetivos políticos.”

Supostamente então, na avaliação “clínica” de Marisa, faço uso de terrorismo na busca de objetivos políticos. Nem mesmo eu sei quais seriam esses objetivos. Até onde sei, quem concorreu a cargos políticos — e perdeu — foi ela, não eu. Diferente dela, que já concorreu a vereadora, nunca concorri a nenhum cargo político.

O que é terrorismo? De acordo com o Dicionário Oxford, “terrorismo” significa “o uso não oficial ou não autorizado de violência e intimidação na busca de objetivos políticos.”

Na avaliação “clínica” de Marisa, minha crítica à comparação dela de Elias com paciente psiquiátrico foi mais que ofensa. Foi um ato terrorista.

Só falta agora a ela explicar quando foi que usei violência e intimidação para ela não usar Elias em suas palestras psicológicas. Não posso e não vou impedi-la de psicologizar Elias nas igrejas. Mas posso e vou refutar esse absurdo.

Chamar críticos de terroristas é comportamento padrão de ditadores comunistas e islâmicos, que acusam seus críticos de “terrorismo” para facilitar todos os tipos de violência contra as vítimas, inclusive assassinato. Toda violência verbal ou não se torna ideologicamente justificável quando se cola a etiqueta de “terrorista” numa vítima pelo “crime” de criticar.

Curiosamente, Marisa usou seu espaço no GospelMais para me atacar. Outros também já usaram o GospelMais para me atacar. Um deles foi o Pr. Johnny Bernardo, conhecido no mundo apologético. Em seu artigo no GospelMais de 2014 intitulado “Júlio Severo e temas relacionados,” Johnny diz com todas as letras:

“Suas críticas baseadas em um extremismo religioso semelhante ao islâmico, fundamentalista… Os ataques do Júlio não se restringem à prática homossexual — até então correta do ponto de vista doutrinário, cristão —, mas, nos últimos anos, têm atingido pessoas de respeito, de reconhecida contribuição com o Evangelho e à justiça social. Destaco três figuras brasileiras: Augustus Nicodemos, Ariovaldo Ramos e Antonio Carlos Costa. Ao mesmo tempo, dá apoio a figuras polêmicas, como lideres neopentecostais, à jornalista do SBT Rachel Sheherazade e o militar defensor da tortura, Bolsonaro. Também faz duras críticas à Universidade Presbiteriana Mackenzie.”

Ele acrescentou:

“Se quiser saber, meu jovem, sou a favor de uma série de pontos, como a legalização da maconha.”

No meu artigo “Maconha sim, Julio Severo não!” explico como Johnny está profundamente equivocado em suas ideias, inclusive ao dizer: “A Revolução Cubana foi necessária.”

Mas o que estranhar? Johnny Torralbo Bernardo tem um histórico de anos no Partido Comunista do Brasil.

Mas diferente de Johnny, que foi corajoso e usou explicitamente meu nome nos ataques, Marisa preferiu usar a “ética” das insinuações maliciosas. Preferiu me atacar sem citar diretamente meu nome.

Marisa apelou feio chamando a mim, o único que teve coragem de questionar sua psicologização de Elias, de “terrorista” e errou feio ao dizer que a “ciência” é quem classifica Elias como depressivo. Ela cometeu o erro de chamar a psicologia de “ciência” quando a própria Enciclopédia Popular de Apologética declarou que há muitas polêmicas, contradições e humanismo na psicologia. Ela basicamente se escondeu atrás da psicologia, esquecendo totalmente seu diploma de teologia, para ostentar a alegação de que a “ciência” classifica Elias de depressivo, como se ele tivesse de tempos em tempos crises de depressão. O textão de Marisa no GospelMais encontra-se aqui: “Elias tinha depressão? Segundo a ciência, sim! Saiba como foi tratado.”

Ela não só se escondeu atrás de uma suposta “ciência” para dizer que Elias “seria considerado como um paciente grave com risco de cometer suicídio,” mas ela também citou explicitamente o nome do pastor da igreja dela (Pr. Luiz Roberto Silvado, Igreja Batista do Bacacheri em Curitiba) como apoiador das ideias dela.

Então foi o pastor dela que a autorizou a acusar indiretamente a mim de “terrorista”?

Foi o pastor dela que a autorizou a classificar Elias como merecedor de internamento psiquiátrico e drogas psiquiátricas?

Foi o pastor dela que a autorizou a participar de eventos de uma entidade do Rev. Moon durante anos? Claro que a psicologia jamais a condenaria por tal participação. Mas seu diploma de teologia não disse nada ao seu coração? Seu pastor não disse nada aos seus ouvidos?

Não foi a Bíblia e muito menos a ciência que classificou Elias de depressivo. Foi o subjetivismo de Marisa que fez isso. Foi também esse subjetivismo que a levou a disparar a etiqueta “terrorista” e vários adjetivos contra mim no seu textão.

Lido com críticas, nacionais e internacionais, em diversos níveis. Em vez de ficar xingando meus críticos, eu os refuto e uso argumentos melhores do que os deles, exatamente como estou fazendo aqui. Já fui criticado várias vezes pela maior revista homossexual do mundo. Em vez de xingá-los, rebati com argumentos melhores.

Chamar de terrorista e outros xingamentos não é argumento. É justamente falta de argumento.

O que não entendo é como um portal evangélico grande como o GospelMais dá tanto espaço e liberdade para seus escritores me chamarem de “extremista,” “fundamentalista” e agora, cúmulo dos cúmulos, “terrorista,” principalmente quando meu blog contém há anos vários ataques meus ao terrorismo islâmico e marxista.

Esse é o preço que pago quando minhas críticas “severas” incomodam comunistas e lobos.

Entretanto, no caso de Marisa, o fato de ela ser membro do Conselho Federal de Psicologia lhe dá carta branca para sair por aí definindo cristãos como “terroristas”? Qual Marisa usou o adjetivo “terroristas” para definir cristãos que criticam a psicologização que ela fez de Elias: A Marisa psicóloga, a Marisa teóloga ou a Marisa colunista do GospelMais?

Só temo se surgir a Marisa política. É desejo de todo político com sentimentos ditatoriais poder adotar medidas drásticas contra críticos a quem eles definem como “terroristas.”

Meu desejo é só demolir pedestais de imponência humana que são colocados acima da Bíblia.

Fonte: www.juliosevero.com

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Enquanto nós cristãos pró-vida confrontamos hoje a cultura do aborto (assassinato de bebês) e homossexualidade, nos esquecemos muitas vezes de que na Bíblia homens de Deus também enfrentaram cultura semelhante.

O deus Baal, cujos sacerdotes eram homossexuais e praticavam homossexualidade “sagrada,” exigia sacrifício de bebês recém-nascidos.

O exemplo mais notável de enfrentamento profético ao deus Baal vem do profeta Elias.

Depois de Elias confrontar e vencer 450 profetas de Baal numa disputa, a Bíblia diz:

“Então Elias lhes ordenou: ‘Prendei agora mesmo todos os profetas de Baal! Que nenhum deles escape!’ E o povo os prenderam. Elias fê-los descer para próximo do riacho de Quisom e lá os degolou a todos.” (1 Reis 18:40 KJA)

Degolar é cortar a cabeça. Cortar a cabeça, com as próprias mãos, de 450 homens foi uma tarefa imensamente cansativa. Eu ficaria cansadíssimo de degolar apenas 50 profetas de Baal. Mas Elias fez isso com quase 500.

Depois desse trabalho cansativo, a Bíblia diz:

“Diante disso, Jezabel mandou um mensageiro a Elias com o seguinte recado: ‘Que os deuses me façam sofrer as piores desgraças, se até amanhã a esta hora eu não fizer com a tua vida o que fizeste com os profetas!’” (1 Reis 19:2 KJA)

Jezabel, esposa do rei Acabe, era a rainha. Se ela disse que queria Elias morto, então o país inteiro estaria caçando Elias para ela degolá-lo.

Cansado e desanimado com tal perseguição violenta, Elias fugiu. A Bíblia relata:

“Quanto a ele, fez pelo deserto a caminhada de um dia e foi sentar-se debaixo de um pé de giesta, uma espécie de arbusto, e ali orou pedindo para si a morte, dizendo: ‘Agora basta, ó Yahweh! Retira-me a vida, pois não sou melhor que meus pais!’” (1 Reis 19:4 KJA)

De tanta perseguição, Elias queria que Deus o levasse. Se fosse para se matar, ele nem precisaria pedir nada. Bastava-lhe pegar uma arma e usar. Mas a ideia dele nunca foi se matar.

Elias era um homem que costumava clamar a Deus incessantemente. E Deus sempre ouve homens de oração. Ele sempre age sobrenaturalmente em resposta a homens de oração.

É nesse ponto que, na Bíblia, Deus simplifica tudo trazendo um anjo. Só para começar. Depois, Elias foi parar numa caverna onde ele ouviu a própria voz de Deus. Apesar de que essa reposta tão simples está na Bíblia há séculos e milênios, os seres humanos estão aí para complicar tudo. Como sempre.

Numa palestra sobre suicídio disponível no YouTube (a partir dos 30min35seg), Marisa Lobo, que se identifica como psicóloga cristã, enfiou o caso de Elias no meio de seu assunto sobre pessoas depressivas que querem se matar.

Chamando Elias de “depressivo” várias vezes, Marisa comparou a caverna onde Elias estava a um hospital, onde o paciente recebe comida e medicamentos.

A comparação de Marisa está longe do sentido bíblico, pois Elias não recebeu nenhum medicamento e a caverna estava longe de ser hospital. Aliás, se uma pessoa depressiva de hoje fosse parar numa caverna sem água e luz, ficaria ainda mais depressiva.

Marisa errou ao rotular Elias de depressivo, como se de tempos em tempos ele ficasse em estado de depressão. Absolutamente nada na Bíblia indica que Elias tinha crises regulares de depressão.

Se um episódio isolado de angústia da alma causada por grande perseguição política transforma, no olhar psicológico de Marisa, Elias em “depressivo,” então todo mundo na Bíblia era depressivo. Nessa definição “clínica” dela, qual é o cristão que escapa de ser rotulado de “depressivo”?

Na verdade, Elias não era depressivo. Ele sofreu uma grande perseguição, como todos os grandes homens de Deus sofrem, e ficou com angústia da alma naquele momento específico. Rotular Elias como depressivo apenas para enfeitar uma palestra psicológica sobre suicídio é manter Elias num estado permanente ou quase permanente de depressão. Esse nunca foi o caso de Elias. A Bíblia simplesmente não dá margem para esse tipo de interpretação.

Quanto a dizer, mesmo em comparação, que a caverna seria um hospital com medicamentos para pacientes de depressão, a complicação só fica mais complicada.

O site científico BMJ, em seu artigo “Antidepressivos aumentam o risco de suicídio, violência e homicídio em todas as idades,” informa que os medicamentos antidepressivos:

são muito perigosos; caso contrário, o monitoramento diário não seria necessário: “As famílias e os cuidadores dos pacientes devem ser aconselhados a ficar de olho no aparecimento de tais sintomas diariamente, já que as mudanças podem ser abruptas”… “Todos os pacientes em tratamento com antidepressivos por qualquer indicação devem ser monitorados apropriadamente e observados de perto quanto à piora clínica, tendências suicidas e mudanças incomuns no comportamento, especialmente durante os meses iniciais de um ciclo de terapia medicamentosa, ou em momentos de mudança de dose, aumentos ou diminuições. Os seguintes sintomas, ansiedade, agitação, ataques de pânico, insônia, irritabilidade, hostilidade, agressividade, impulsividade, acatisia (agitação psicomotora), hipomania e mania, foram relatados em pacientes adultos e pediátricos em tratamento com antidepressivos.”

O BMJ acrescentou:

Tal monitoramento diário é, no entanto, uma solução falsa. As pessoas não podem ser monitoradas a cada minuto e muitos cometem suicídio ou homicídio… poucas horas depois que todos pensaram que estavam perfeitamente bem.

O BMJ também diz:

Já não se pode duvidar de que os antidepressivos são perigosos e podem causar suicídio e homicídio em qualquer idade (5-7). É absurdo usar drogas para depressão que aumentam o risco de suicídio e homicídio…

Em reportagem recente no jornal britânico Daily Mail sobre drogas antidepressivas, o Dr. Michael Hengartner, da Universidade de Zurique, na Suíça, disse: “Podemos declarar com certeza que essas drogas estão produzindo uma taxa excessiva de suicídios, além da própria depressão.”

Se em vez de receber a visita do anjo e ouvir a voz de Deus, Elias tivesse recebido algumas pílulas contra depressão, ele poderia realmente ter se matado ou ter matado alguém, ainda mais estando numa caverna melancólica!

A caverna só não aumentou a angústia da alma de Elias porque ele já estava recebendo visitações de Deus, com anjos e a voz sobrenatural do alto.

Contudo, tente imaginar a cena se, como querem psicólogas como Marisa, Elias tivesse sido internado num hospital psiquiátrico. Bastaria que ele falasse que viu um anjo e ouviu Deus falando e os psiquiatras recomendariam fortes doses de suas drogas psiquiátricas — sem mencionar uma camisa de força. Um hospital psiquiátrico deixaria Elias doente de corpo e alma. Seria a pior desgraça da vida dele. Internado em tal lugar é que ele pediria para Deus levá-lo logo.

Em conclusão, o que todas essas informações bíblicas e científicas nos mostram?

* Elias não vivia numa condição de crises depressivas frequentes, mas sentiu depressão num momento específico de sua vida por causa da ameaça de morte de uma grande autoridade governamental.

* Pílulas contra depressão, que podem causar suicídio, violência e assassinato, não podem ser colocadas no mesmo nível de importância da visitação de anjos e a voz de Deus.

* A caverna inóspita sem luz e água de Elias não era um hospital psiquiátrico para curar pacientes depressivos, que ficariam ainda mais depressivos em tal ambiente melancólico.

* Marisa Lobo, que ensina dentro das igrejas sobre depressão e suicídio transformando a caverna de Elias num hospital psiquiátrico, precisa de alguém para lhe ensinar acerca da Bíblia e verdades científicas sobre as drogas antidepressivas.

Eu realmente duvido que uma palestra de psicologia dentro da igreja usando a Bíblia apenas como enfeite tenha um efeito positivo. Marisa frequentemente palestra na igreja do depressivo Pr. Marco Feliciano e, coincidência ou não, recentemente um dos pastores ali, que dificilmente não chegou a ouvir as palestras dela, cometeu suicídio.

Sou totalmente a favor de psicólogos cristãos que levam a Bíblia para dentro de seus consultórios e usam a psicologia apenas como enfeite da mensagem bíblica essencial. Mas levar a psicologia e seus truques para dentro das igrejas e usar a Bíblia como enfeite da psicologia gera aberrações como transformar a caverna de Elias em hospital psiquiátrico com antidepressivos que, em vez de ajudar, carregam o risco de levar os pacientes a se matar ou a praticar violências, inclusive assassinatos.

Fonte: www.juliosevero.com

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