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O Irã Aumenta sua Influência na América Latina

A República Islâmica do Irã está fazendo grandes investimentos econômicos e militares em países da América Latina, capitalizando os sentimentos anti-americanos e anti-imperialistas de muitos governos locais da esquerda.

Os novos aliados do Irã na região incluem o Presidente venezuelano Hugo Chávez e o Presidente boliviano Evo Morales. Durante os últimos anos, o Irã desenvolveu também novos laços políticos com o Brasil, Cuba, Equador, Paraguai e Uruguai. [1]

As alianças entre o Irã, Venezuela e a Bolívia, em particular, despertam preocupações porque eles perfazem quase 10% da produção global de petróleo, [2] o que lhes proporciona uma boa posição em negociações sobre os preços globais de petróleo. Em novembro de 2007, Chávez ameaçou aumentar o preço do petróleo para 200 dólares por barril se os Estados Unidos ameaçarem atacar o Irã ou a Venezuela. [3] Chávez expulsou o embaixador americano em setembro de 2008 e Morales declarou o embaixador americano na Bolívia “persona non grata”. [4]

A substancial expansão política e militar do Irã na América Latina permite que grupos terroristas, como Hezbollah e Hamas, apoiados pelo Irã, estabeleçam uma crescente presença na região. O Irã financia estes dois grupos terroristas, doando 200 milhões de dólares para o Hezbollah e 20 a 30 milhões de dólares para o Hamas, anualmente. [5] Mais de 3000 membros do Hezbollah já foram também treinados no Irã. [6]

Aumento do Terrorismo Apoiado pelo Irã

• Desde 2002, o grupo Hezbollah de libaneses xiitas apoiados pelo Irã se tornou visivelmente ativo na América Latina. [7]

• Desde a década de 90, o Hezbollah tem operado na Argentina com a ajuda do Irã. Em outubro de 2006, promotores públicos acusaram o Hezbollah como o responsável pela explosão do centro judaico AMIA de Buenos Aires em 1994, na qual morreram 85 pessoas e 300 ficaram feridas. A Argentina acusou o Irã de orientar o Hezbollah a perpetrar o crime [8] e sete diplomatas iranianos graduados foram acusados, incluindo o antigo Presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani. [9] Em fevereiro de 2008, um juiz americano determinou que o Hezbollah e o Irã foram os responsáveis pela bomba que explodiu na embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992, que matou 29 pessoas e feriu mais de 242. [10]

• O Hezbollah, apoiado pelo Irã, está atualmente mantendo uma base regional na Venezuela, a partir da qual ele mobiliza terroristas e distribui material. [11] Existem bases operacionais na região destituída de controle de fronteiras, entre o Brasil, a Argentina e o Paraguai. O Hezbollah e outros grupos terroristas islâmicos utilizam vários sites da Web para recrutamento e doutrinação de sua visão islâmica extremista. [12]

• A América Latina tem também se tornado uma grande base para o financiamento do terrorismo. A operação do Hezbollah em Ciudad del Este, no Paraguai, “angaria grandes somas para os líderes das milícias no Oriente Médio e financia campos de treinamento, operações de propaganda e ataques de bombas na América do Sul.” [13] De acordo com estimativas do Comando Sul dos Estados Unidos, o Hezbollah angaria de 300 a 500 milhões de dólares por ano na América Latina. [14]

• Comerciantes venezuelanos lavam dinheiro para o Hezbollah. Em 2008, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos congelou as posses de um diplomata venezuelano e de um proeminente empresário conectado com fundos de grupos terroristas. [15]

• O Hezbollah angaria milhões de dólares na América do Sul vendendo DVDs piratas, de acordo com a Rand Corporation, um instituto americano de estudos sobre política pública. Um estudo recente frisa que a área da fronteira tríplice Brasil-Argentina-Paraguai “tem surgido como o centro de financiamento mais importante do terrorismo islâmico fora do Oriente Médio.” [16]

Influência Iraniana por País

Brasil

Em 6 de maio, Ahmadinejad deverá viajar para o Brasil. [17] A visita ocorre em época em que a República Islâmica e o Brasil elevam o nível de seus laços bilaterais em vários campos. Em novembro de 2008, o Ministro das Relações Exteriores brasileiro Celso Amorim disse que o Brasil considera o desenvolvimento de relações com o Irã uma prioridade da política externa; [18]

Além da controvertida elevação das relações econômicas e diplomáticas entre o Brasil e o Irã, um país que foi censurado pelo Conselho de Segurança da ONU por sua sua não obediência com relação ao seu programa de enriquecimento de urânio, os Estados Unidos e outras nações ocidentais estão preocupadas com o grupo terrorista Hezbollah, apoiado pelo Irã, por estar “ganhando forças e impulso” [19] na América Latina, em especial no Brasil.

• Durante uma visita ao Brasil em março de 2009, o Ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki anunciou: “Os dois países [Brasil e Irã] estão no limiar do início de um novo capítulo em suas relações.” Além disso, ele frisou seu desejo de aumentar o volume do comércio bilateral entre os dois países para 3 bilhões de dólares nos próximos anos. [20]

• “O Irã considera a América Latina uma prioridade na sua política externa e o Brasil ocupa uma posição especial dentro dela,” disse Mottaki durante um encontro com Amorim em Teerã. [21]

• O volume do comércio do Irã com países da América Latina atingiu mais de 20 bilhões de dólares, 2 bilhões dos quais no comércio com o Brasil. [22]

• As exportações do Brasil para o Irá atingiram mais de 1,5 bilhões de dólares em 2007. [23]

• Durante sua visita no Brasil, Mottaki falou de seu desejo de cooperação bilateral nos campos da pesquisa agrícola, ciências, tecnologia, energia, petróleo e gás. Durante um encontro com o Ministro das Relações Exteriores Mottaki, o Ministro das Minas e Energia, Nelson Jobim disse: “O Irã é nosso amigo, com o qual estamos muito interessados em expandir os laços. […] Assim, podemos ter uma boa cooperação em todas as áreas, e em especial no setor de energia.” [24]

• Mottaki propôs um “roadmap” para a cooperação em energia entre o Irã e o Brasil, particularmente no setor petrolífero e de produção de eletricidade. O Ministro brasileiro de Energia, Edison Lobão, disse: “O Irá é nosso amigo, com o qual muito gostaríamos de aprofundar nossas relações.” [25]

• “O Irã e o Brasil são dois países em linha com a cooperação Sul-Sul e o Brasil tem sempre se beneficiado com suas relações com o Irã,” disse o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante uma conferência de imprensa conjunta com seu colega iraniano. [26]

• Em novembro de 2008, o Brasil pediu ao Conselho de Segurança da ONU para “engavetar o dossiê nuclear sobre o Irã e permitir a normalização do caso de enriquecimento [de urânio] do país.” [27]

• Em março de 2009, o comandante das forças americanas na América Latina, James Stavridis, advertiu sobre o crescimento das atividades iranianas e do Hezbollah em toda a região: “Vemos uma grande atividade do Hezbollah na América do Sul, em especial. A fronteira tríplice do Brasil provoca uma preocupação especial, tanto como no Brasil, no Paraguai e na Argentina, assim como [outras] partes do Brasil e na Bacia do Caribe.” [28]

• O Presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva anunciou publicamente seu apoio ao programa nuclear iraniano em setembro de 2007. [29]

Bolívia

• O Irã proporcionou à Bolívia 1,1 bilhões de dólares em fundos de cooperação industrial desde 2007. [30]

• Durante a operação de defesa de Israel em Gaza, encerrada em 18 de janeiro de 2009, a Bolívia cortou suas relações com Israel em protesto contra as ações de Israel, aparentemente em solidariedade com o Irã, mesmo que Israel não tivesse embaixador na Bolívia. [31]

Colômbia

• Em outubro de 2008, as autoridades americanas e colombianas desmantelaram uma operação, apoiada pelo Irã, de tráfico de drogas do Hezbollah, e cujos lucros foram enviados para a Europa, Estados Unidos e para milícias no Líbano, de acordo com relatórios do Departamento da Justiça dos Estados Unidos. [32]

• Em março de 2009, o comandante das forças americanas na América Latina expressou sua preocupação, numa sessão da Comissão das Forças Armadas do Senado americano, sobre o nível das atividades do Hezbollah e do Irã no país e seu envolvimento com o tráfico colombiano de drogas: “Temos visto na Colômbia uma conexão direta entre o Hezbollah e a atividade de tráfico de narcóticos,” disse ele. [33]

Cuba

• Em fevereiro de 2006, Cuba e Irã assinaram um acordo de cooperação econômica para “facilitar a exportação de mercadorias iranianas, assim como serviços de engenharia e de técnica para Cuba.” [34]

• Em meados de 2008, o Irã proporcionou à Cuba uma linha de crédito de 270 milhões de dólares. [35]

Equador

• Em janeiro de 2008 o Irã estabeleceu um escritório comercial em Quito. [36]

• Em março de 2008, o Irã e o Equador concordaram sobre uma cooperação econômica e militar. [37] O Presidente Rafael Correa visitou o Irã em dezembro de 2008, quando os dois países concordaram em abrir embaixadas em cada capital e explorar a cooperação nos campos de defesa, energia, tecnologia e ciências. [38]

• No início de 2009, instrutores militares do Irã, especializados em guerra de guerrilha e anti-guerrilha supervisarão os militares equatorianos. [39]

• Em março de 2009, oficiais do Irã disseram que emprestariam 40 milhões de dólares para financiar duas usinas de eletricidade no Equador. [40]

• O Embaixador de Israel no Equador, Eyal Sela, relatou que o Irã planeja criar uma rede árabe de TV na América Latina, para se comunicar com o público. Sela também disse que há um grande interesse iraniano nos depósitos de urânio da Bolívia e do Equador, e que o Irã tem investido mais de 20 bilhões de dólares pela América Latina. [41]

México

• Os membros do Hezbollah, apoiado pelo Irã, usam a fronteira com o México para entrar nos Estados Unidos. Em maio de 2001, o conselheiro de segurança nacional do México e seu embaixador nos Estados Unidos, Adolfo Aguilar Zinser, relatou: “Grupos terroristas espanhóis e islâmicos estão usando o México como um refúgio.” [42]

• Em dezembro de 2002, o dono de um café em Tijuana foi preso por ter contrabandeado mais de 200 libaneses para os Estados Unidos. Muitos deles foram considerados como tendo laços terroristas com o Hezbollah, apoiado pelo Irã. [43]

• Em 1° de maio de 2005, Mahmoud Yossef Kourani, irmão do chefe de operações militares do Hezbollah no sul do Líbano, declarou-se culpado, nos Estados Unidos, de apoiar financeiramente o Hezbollah. Kourani tinha sido contrabandeado através da fronteira México-Estados Unidos depois de ter subornado um funcionário consular mexicano em Beirute para receber um visto mexicano de entrada. Nos Estados Unidos, ele morava entre expatriados libaneses em Dearborn, Michigan, onde angariava fundos para atividades terroristas do Hezbollah no Líbano. [44]

Nicarágua

• Em março de 2007, o Irã e a Venezuela prometeram 350 milhões de dólares para a construção de um porto marítimo de águas profundas em Monkey Point, na costa do Caribe da Nicarágua. [45]

• Ainda em 2007, o Irã fez à Nicarágua um empréstimo de 231 milhões de dólares para construir uma represa hidroelétrica. [46]

• Em julho de 2007, o Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, permitiu a 21 iranianos entrar no país sem vistos. [47]

• Em agosto de 2008, o Irã doou 2 milhões de dólares para a Nicarágua para construir um hospital. [48]

• Na embaixada do Irã em Manágua, Nicarágua, funcionários iranianos têm imunidade para viajar sem restrições. Como a embaixada está protegida contra observadores externos, funcionários dos Estados Unidos receiam que a embaixada se torne um eixo no transporte de armas. [49]

• Em fevereiro de 2009, o Embaixador do Irã na Nicarágua revelou que o Irã planeja investir mais de 200 milhões de dólares na Nicarágua, para a construção de uma represa e de uma estação de energia hidroelétrica. [50]

Panamá

• As próximas eleições presidenciais em maio de 2009 no Panamá poderão reforçar a influência de Chávez – e por tabela a do Irã – na região. A candidata favorita Balbina Herrera (do Partido Democrático Revolucionário) poderá potencialmente se juntar a uma aliança estratégica com a China, Rússia e o Irã contra os Estados Unidos, e continuar a iludir o eleitorado favorável a negócios e amigo dos Estados Unidos no Panamá.[51]

Paraguai

• Em agosto de 2008 o esquerdista Fernando Lugo foi eleito com forte apoio da grande população muçulmana do país. Os esforços de levantamento de fundos nas áreas muçulmanas foram apoiados pelo Irã e pela Venezuela. Com a vitória de Lugo, Ahmadinejad o congratulou, chamando-o de “um homem de Deus e um inimigo do Grande Satã”. [52]

Uruguai

• Em outubro de 2007, investigadores uruguaios surpreenderam seu governo tentando comprar munições do Irã. A compra foi desviada através da Venezuela, para contornar as restrições da ONU sobre a República Islâmica. A remessa, em navio de bandeira da Marinha uruguaia, incluía cerca de 15.000 cartuchos de munições iranianas, que faziam parte de um negócio ilegal maior, envolvendo a venda de 18.000 rifles automáticos de produção iraniana. [53]

• Em outubro de 2008, Ahmadinejad se encontrou com o novo Embaixador do Uruguai em Teerã, Fernando Arroyo, frisando que o Irã está determinado a ampliar suas relações com o Uruguai. [54]

Venezuela

• De acordo com o dissidente e jornalista iraniano Manouchehr Honarmand – que ficou aprisionado por três anos na Venezuela – funcionários iranianos estão envolvidos em todos os setores da economia venezuelana. [55]

• Ahmadinejad e Chávez se encontraram sete vezes desde novembro de 2008. [56]

• Desde 2001, o Irã e a Venezuela assinaram mais de 180 acordos comerciais, avaliados em mais de 20 bilhões de dólares em investimentos potenciais. [57]

• Em inícios de 2007, o Irã e a Venezuela iniciaram um Fundo de Liberação de 2 bilhões de dólares para países que desejam se libertar de uma suposta “dominação americana”. Ahmadinejad disse que o Irã e a Venezuela estão “promovendo o pensamento revolucionário através do mundo”. [58]

• Em março de 2007, a IranAir iniciou vôos na rota Teerã-Damasco-Caracas. No outubro seguinte, a empresa estatal de aviação da Venezuela, Conviasa, também começou a seguir esta rota. Um funcionário sírio disse que os vôos eram uma maneira de evitar as “importunações” que os viajantes muçulmanos tinham após o 11 de setembro de 2001. [59]

• Em dezembro de 2008, o diário italiano La Stampa relatou que vários vôos da Conviasa tinham transportado funcionários da inteligência iraniana, oficiais militares e materiais banidos pela ONU, incluindo componentes do programa de mísseis balísticos do Irã. [60]

• Diplomatas iranianos, assim como membros do Hezbollah e da Guarda Revolucionária do Irã, podem agora voar diretamente para a Venezuela, e depois para outros países latino-americanos. Na realidade, os membros do Hezbollah estão voando de ida e de volta, alguns para “treinamento no Irã”. Recentemente a inteligência americana sugere que o Hezbollah e a Guarda Revolucionária iraniana possuem uma força-tarefa no local para seqüestrar viajantes judeus na Venezuela e os enviar pela IranAir para o Líbano. [61]

• Em julho de 2007, Irã e a Venezuela iniciaram a construção de dois complexos petroquímicos conjuntos, um no Irã e um na Venezuela, a um preço combinado de 1,4 bilhões de dólares. [62]

• Em novembro de 2007, Chávez e Ahmadinejad assinaram quatro memorandos de entendimento com a intenção de criar um banco conjunto, um fundo, um programa de treinamento industrial técnico e um acordo comercial. [64]

• Tarek El-Aissami, que foi recentemente nomeado Ministro do Interior e Justiça na Venezuela, é acusado de ter afiliações com o Hezbollah. El-Aissami é acusado de fornecer documentos falsos e de expedir passaportes ilegalmente para membros do Hamas e do Hezbollah, quando era chefe do serviço de passaportes e naturalização, Onidex. [65]

• Em janeiro de 2008, funcionários turcos detiveram uma remessa iraniana destinada à Venezuela que continha equipamento de laboratório capaz de produzir explosivos. “O equipamento era suficiente para estabelecer um laboratório de explosivos,” disse um funcionário da alfândega turca para a Associated Press. [66]

References:

[1] “Brazil Condemns Ahmadinejad’s Comments On Israel Ahead Of Visit,“ The Journal of Turkish Weekly, April 22, 2009, http://www.turkishweekly.net/news/73539/-brazil-condemns-ahmadinejad-s-comments-on-israel-ahead-of-visit.html
[2] Erikson, Daniel P., “Ahmadinejad finds it warmer in Latin America,” The Los Angeles Times, Oct. 3, 2007,
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[3] “World Oil Production,” CIA World Factbook, accessed Mar 16, 2009,
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[4] Karimi, Nasser, “Chavez, Ahmadinejad: US Power on Decline,” The Washington Post, Nov. 20, 2007,
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[5] “U.S. expelling Venezuelan envoy in response to Chavez,” CNN, Sept. 12, 2008,
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[6] Ghattas, Kim, “Regional powers fight over Lebanon,” BBC, April 27, 2007,
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[7] “Fact Sheet: Designation of Iranian Entities and Individuals for Proliferation Activities and Support for Terrorism,” U.S. Department of the Treasury, Oct. 25, 2007,
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[8] Machain, Andrea, “Frontier in terror spotlight,” BBC News, Sep. 10, 2002,
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[9] “Iran charged over Argentina bomb,” BBC, Oct. 25, 2006,
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[10] “Iranians sought for B Aires bomb,” BBC, March 15, 2007,
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[11] Gerstein, Josh, “Iran Ruled Responsible for ’92 Israeli Embassy Bombing,” The New York Sun, Feb. 27, 2008,
http://www.nysun.com/foreign/iran-ruled-responsible-for-92-israeli-embassy/71936/
[12] “Hezbollah tendría una base regional en Venezuela,” La Nacion, Aug. 29, 2008,
http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1044377
[13] “U.S. foes target Latin America,” The Washington Times, Feb. 8, 2008,
http://www.washingtontimes.com/news/2008/feb/08/us-foes-target-latin-america/print/
[14] Gato, Pablo and Robert Windrem, “Hezbollah builds a Western base,” MSNBC, May 9, 2007,
http://www.msnbc.msn.com/id/17874369/
[15] Gaffney, Frank Jr., “Iran in Latin America,” Center for Security Policy, July 24, 2008,
http://www.centerforsecuritypolicy.org/p17288.xml
[16] Arostegui, Martin, “U.S. ties Caracas to Hezbollah aid,” The Washington Times, July 7, 2008,
http://www.washingtontimes.com/news/2008/jul/07/us-ties-caracas-to-hezbollah-aid/
[17] Kimbrell, Nicholas, “Think tank links Hizbullah to South American piracy,” The Daily Star, Lebanon, March 5, 2009,
http://www.dailystar.com.lb/article.asp?edition_id=1&categ_id=1&article_id=99853
[18] “Brazil Condemns Ahmadinejad’s Comments On Israel Ahead Of Visit,“ The Journal of Turkish Weekly, April 22, 2009,
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[19] “Amorim says Brazil-Iran ties can movie beyond trade exchanges,“ Tehran Times, November 3, 2008,
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[20] Sale, Richard: “U.S. Officials: Hezbollah Gaining in Latin America,“ Middle East Times, February 6, 2009,
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[21] “Mottaki: Iran, Brazil determined to expand bilateral relations,” IRNA, March 27, 2009,
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[22] “Brazil a priority for Iran,” PressTV, Nov. 2, 2008,
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[23] “Reise Mottakis in afrikanische und lateinamerikanische Länder,” IRIB, March 30, 2009,
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[24] ”Building ties with Latin America,” Iran Daily, Sept. 4, 2008,
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[25] “Mottaki: Iran, Brazil Serious to Expand Ties,” Fars News Agency, March 26, 2009,
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[26] “Mottaki visited Africa, South America,” Tehran Times, April 4, 2009,
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[27] “Brazilian FM: Iran a key player in Middle East,” IRNA; March 27, 2009,
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[28] “Brazil wants UNSC to drop Iran nuclear case,” PressTV, November 3, 2008,
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[29] Passin, Al: “Military Commander Warns of ran-Hezbollah Influence in Latin America,” Voice of America Online, March 17, 2009,
http://www.voanews.com/english/archive/2009-03/2009-03-17-voa44.cfm?CFID=181082522&CFTOKEN=17261591&jsessionid=003062cf040c80c658df3ce70343d0671b68
[30] Brandimarte, Walter, “Brazil’s Lula defends Iran’s nuclear rights,” Reuters, Sep. 25, 2007,
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[31] “Bolivia: Iran to Invest in 25 Industrial Projects,” Fars News Agency, Oct. 9, 2007,
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[32] Bridges, Tyler, “Iran courts new Andean friend — Bolivia,” The Miami Herald, Feb. 6, 2009,
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[33] Sale, Richard, “U.S. Officials: Hezbollah Gaining in Latin America,” Middle East Times, March 4, 2009,
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[34] Pessin, Al, “U.S. Military Commander Warns of Iran-Hezbollah Influence in Latin America,” Voice of America, March 17, 2009,
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[35] Islamic Republic News Agency, “Iran, Cuba sign banking agreement,” Global Exchange, Feb. 19, 2006,
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[36] “Envoy Highlights Iran-Cuba Strong Relations,” Fars News Agency, March 10, 2008,
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[37] Webb, Braden “Paraguay’s Persian presence: Iran’s new friend in Latin America,” Council on Hemispheric Affairs, Aug. 21, 2008,
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[38] “Iran to finance Ecuadorian power plants,” Press TV, March 6, 2009,
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[39] “Iran, Ecuador to open embassies,” Press TV, Dec. 6, 2008,
http://www.presstv.ir/detail.aspx?id=77705§ionid=351020101
[40] Legger, Fabrizio, “L’alleanza tra Correa e Ahmadinejad diventa anche militare,” Dazebao, Feb. 15, 2009,
http://www.dazebao.org/news/index.php?option=com_content&view=article&id=3352:lalleanza-tra-correa-e-ahmadinejad-diventa-anche-militare&catid=83:sud-america&Itemid=200
[41] “Iran to finance Ecuadorian power plants,” Press TV, March 6, 2009,
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[42] Cepeda, Esther, “Iran’s Offensive in Latin America: The Chicago Connection,” The Huffington Post, Oct. 31, 2008,
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[43] “A Line in the Sand: Confronting the Threat at the Southwest Border,” The House Committee on Homeland Security, accessed March 25, 2009,
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[44] Associated Press, “Terror-Linked Migrants Channeled into U.S.,” Fox News, July 3, 2005,
http://www.foxnews.com/story/0,2933,161473,00.html
[45] “A Line in the Sand: Confronting the Threat at the Southwest Border,” The House Committee on Homeland Security, accessed March 25, 2009.
http://www.house.gov/mccaul/pdf/Investigaions-Border-Report.pdf
[46] Morrissey, Siobhan, “Iran’s Romance of Nicaragua,” Time, Sep. 10, 2007,
http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1660500,00.html
[47] Webb, Braden, “Paraguay’s Persian Presence: Iran’s New Friend in Latin America,” Council on Hemispheric Affairs, Aug. 21, 2008,
http://www.coha.org/2008/08/paraguay%E2%80%99s-persian-presence-iran%E2%80%99s-new-friend-in-latin-america/
[48] Ferrand, Nicole, “Tehran threat in the US’ backyard,” The Americas Report, Feb. 14, 2008,
http://www.centerforsecuritypolicy.org/p16329.xml?genre_id=5
[49] Webb, Braden, “Paraguay’s Persian Presence: Iran’s New Friend in Latin America,” Council on Hemispheric Affairs, Aug. 21, 2008,
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[50] Ferrand, Nicole, “Tehran threat in the US’ backyard,” The Americas Report, Feb. 14, 2008,
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[51] “Iran to invest over $200m in Nicaragua,” Teheran Times, Feb. 28, 2009,
http://www.tehrantimes.com/index_View.asp?code=190057
[52] Hanlon, Nicholas, “Victory for Chavez in Panama?” The Americas Report, Dec. 12, 2008,
http://www.centerforsecuritypolicy.org/p17815.xml?genre_id=5
[53] Webb, Braden, “Paraguay’s Persian Presence: Iran’s New Friend in Latin America,” Council on Hemispheric Affairs, Aug. 21, 2008,
http://www.coha.org/2008/08/paraguay%E2%80%99s-persian-presence-iran%E2%80%99s-new-friend-in-latin-america/
[54] “Uruguay caught buying Iran arms,” The Washington Post, Oct. 12, 2007,
http://www.washingtontimes.com/news/2007/oct/12/uruguay-caught-buying-iran-arms/
[55] “Iran keen to broaden ties with Uruguay – president,” Islamic Republic News Agency, Oct. 26, 2008, via LexisNexis,
http://www.lexisnexis.com
[56] Ferrand, Nicole, “Venezuela’s Tarek El-Aissami,” The America’s Report, Oct. 3, 2008,
http://www.centerforsecuritypolicy.org/p17701.xml?genre_id=5
[57] Escobar, Pepe, “The southern axis of evil,” Asia Times, Oct. 3, 2007,
http://atimes.com/atimes/Middle_East/IJ03Ak02.html
[58] Karimi, Nasser, “Chavez, Ahmadinejad: US Power on Decline,” The Washington Post, Nov. 20, 2007,
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/11/19/AR2007111900400.html
[59] “Chavez and Iran unveil anti-US fund,” Al-Jazeera, Jan. 14, 2007,
http://english.aljazeera.net/news/americas/2007/01/2008525144836670455.html
[60] “Caracas-Tehran Maiden Flight Lands,” Iran Daily, Oct. 9, 2007,
http://www.iran-daily.com/1386/2961/html/economy.htm#s263766
[61] Maurizio Molinari, “Tehran-Caracas Pact aircraft in exchange for weapons,” La Stampa, Dec. 21, 2009,
http://media.noticias24.com/0812/sta21.html
[62] Kraul, Chris and Sebastian Rotella, “Hezbollah presence in Venezuela feared,” The Los Angeles Times, Aug. 27, 2008,
http://articles.latimes.com/2008/aug/27/world/fg-venezterror27
[63] Karimi, Nasser, “Chavez, Ahmadinejad: US Power on Decline,” The Washington Post, Nov. 20, 2007,
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/11/19/AR2007111900400.html
[64] Karimi, Nasser, “Chavez, Ahmadinejad: US Power on Decline,” The Washington Post, Nov. 20, 2007,
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/11/19/AR2007111900400.html
[65] Ferrand, Nicole, “Venezuela’s Tarek El-Aissami,” The Americas Report, Oct. 3, 2008,
http://www.centerforsecuritypolicy.org/p17701.xml?genre_id=5
[66] Barillas, Martin, “A mysterious cargo underlines Iran/Venezuela axis,” Spero News, Jan. 26, 2009,
http://www.speroforum.com/a/17868/A-mysterious-cargo-underlines-IranVenezuela-axis

The Israel Project is an international non-profit organization devoted to educating the press and the public about Israel while promoting security, freedom and peace. The Israel Project provides journalists, leaders and opinion-makers accurate information about Israel. The Israel Project is not related to any government or government agency.

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Leia também: Irã, ódio aos judeus e o esquizofrênico governo Lula

Um comentário sobre “>O Irã Aumenta sua Influência na América Latina

  1. O DOMINIO MULÇUMANO EM VARIOS PAISES É UM GRANDE PERIGO SE FOR ALIADO A OUTROS REGIMES,ELES NAO TEM MISERICORDIA DAS DIFERENTES CULTURAS,MISTURADO Á VARIOS IDEALISMOS TEREMOS EM BREVE UM MASSACRE DE IDEOLOGIAS,NO QUAL CHAMAMOS ''A GRANDE TRIBULAÇÃO''SE HAVER TAL ALIANÇA COM CERTEZA VIVEREMOS A ERA NAZISTA ANTI-RELIGIÃO, DA ELITE GLOBAL

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