>Ministro da Saúde dá falso testemunho no caso de aborto eugênico

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Ministro da Saúde dá falso testemunho no caso de aborto eugênico

Afirmou que o defeito congênito “anencefalia” pode ser detectado com 100% de exatidão

Matthew Cullinan Hoffman

BRASÍLIA, setembro de 2008 (LifeSiteNews.com) — Ao defender os abortos eugênicos diante do tribunal mais elevado do Brasil, o Ministro da Saúde José Gomes Temporão afirmou que o teste para detectar uma gravidez anencefálica é “100% preciso”, de acordo com notícias de jornais.

“De acordo com Temporão, os hospitais públicos e particulares têm a capacidade técnica de diagnosticar a ausência do cérebro com uma exatidão de 100% com um simples sonograma”, noticiou O Globo.

Entretanto, esse testemunho está em contradição com o Conselho de Ética de Assuntos Judiciários da Associação Médica Americana, que diz que “os diagnósticos equivocados de bebês como anencefálicos têm sido documentados na literatura médica e detectados por programas de exames cuidadosos”.

A anencefalia é uma deficiência em que a parte superior do cérebro e do crânio não se desenvolvem completamente no útero. Alguns médicos adotam a teoria de que as restantes células neurais que se desenvolvem poderiam fornecer consciência à criança.

A afirmação de Temporão foi feita enquanto os médicos estão em desacordo com o famoso caso de Marcela Ferreira, uma criança que viveu com anencefalia por um ano e meio, e mostrava sinais de consciência.

Notando que os médicos ainda não conseguem concordar se Marcela, que morreu fora do útero, era realmente anencefálica, o Dep. Luiz Bassuma da Câmara dos Deputados recentemente perguntou: “Seria possível ter certeza acerca do diagnóstico quando o feto ainda está no útero da mãe?”

Temporão, que há muito defende o aborto e a contracepção abortiva como Ministro da Saúde no governo socialista de Lula, estava entre as autoridades governamentais e especialistas dando depoimento diante do Supremo Tribunal Federal acerca da constitucionalidade do aborto para bebês anencefálicos.

Outras testemunhas incluíam Osvaldo Gomes, um advogado pró-vida, que negou a afirmação feita por outras testemunhas de que a duração de vida curta dos bebês “anencefálicos” justifica acabar com a vida deles no útero.

“A ‘antecipação terapêutica do parto’ é um eufemismo mascarando um crime hediondo que é o crime de aborto”, disse ele ao STF. “Teríamos que dimensionar a questão da durabilidade da vida, se vai morrer depois, um segundo, um minuto, para nós é vida, então existe a expectativa de vida. A expectativa de ter uma criança que vai morrer não justifica eliminar essa vida antes do nascimento”.

Ieda Verreschi, médica representando a Associação para o Desenvolvimento da Família, disse que matar bebês anencefálicos no útero de suas mães representaria “um retorno da sociedade à barbárie” e acrescentou: “Na intolerância diante do imperfeito perderíamos a capacidade de amar, o que diminui o ser humano”.

O STF continuará a ouvir depoimentos em 16 de setembro. Um veredicto será dado em novembro.

Cobertura anterior em LifeSiteNews:

Supremo Tribunal Federal ouve testemunho acerca de abortos eugênicos

http://juliosevero.blogspot.com/2008/08/supremo-tribunal-federal-ouve.html

Bebê anencefálico despedaça mitos pró-aborto

http://juliosevero.blogspot.com/2008/06/beb-anenceflico-despedaa-mitos-pr.html

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: LifeSiteNews

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